segunda-feira, 26 de agosto de 2019

Man Ray ,inventor da fotografia surrealista no CCBB-São Paulo

 

MAN RAY

  Site da Revista Exame :"Man Ray ganha exposição inédita em São PauloArtista americano, que marcou cena vanguardista de Paris, fica no CCBB em São Paulo até outubro"

E Woo Magazine assim descreve a exposição :





"...Além das fotografias, dos objetos e das serigrafias, a mostra conta com quatro vídeos assinados pelo multifacetado artista, que também era cineasta, e um que aborda sua carreira.

Quase 130 anos após seu nascimento, o país recebe 255 obras do artista nunca antes vistas pelo público brasileiro e desenvolvidas durante os anos que viveu em Paris, entre 1921 e 1940, seu período de maior efervescência criativa. Depois do CCBB SP, a mostra segue para a unidade de Belo Horizonte, entre 11 de dezembro e 17 de fevereiro de 2020. A realização é do Centro Cultural Banco do Brasil, com patrocínio do Banco do Brasil e do Ministério da Cidadania."






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Man Ray


O filme "Meia noite em Paris" de Woody Allen (2011)


ainda rende crônicas, comentários e inspirou este meu texto.






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Emmanuel Radnitsky (ou Radnitzky),

conhecido como Man Ray, nasceu na Filadélfia (USA)

em 27 de agosto de 1890,

mas a família logo mudou-se para o Brooklyn

e encurtou o sobrenome para Ray.



O jovem - por seu lado - também facilitou as coisas

passando a se assinar Man Ray, mais universal

e eufônico.

Pintor, designer, diretor de cinema de vanguarda

e, sobretudo, um fotógrafo surrealista - atividade que

abraçou em 1918 e exerceu até o fim da vida.


Interessado pela arte moderna frequentou

desde cedo ateliês e fez cursos de arte gráfica nos arredores

de Nova York. Ali Man Ray encontrou o artista francês

Marcel Duchamp e o espanhol Francis Picabia,

com quem desenvolveu vários projetos, inclusive as bases

do dadaísmo, que surgiu na Europa para rejeitar a arte

tradicional e cujo centro emissor foi a Galeria 291,




Vivendo em Nova York, foi, junto com o amigo

Marcel Duchamp, o braço americano deste movimento.

Em 1920, depois de  tentativas profissionais


malsucedidas Man Ray concluiu que não havia

espaço para o Dadaísmo nos Estados Unidos e

foi viver em Paris, para trabalhar com a liberdade

de que tanto necessitava. Ali conheceu e se apaixonou

pela cantora,modelo,pintora e agitadora cultural

Kiki de Montparnasse, que imortalizou em fotos.








Man Ray esteve presente na primeira exposição

surrealista da Galerie Pierre (Paris),
em 1925, onde também expuseram Jean Arp, Max Ernst,
André Masson, Juan Miró et Pablo Picasso.






Insatisfeito com

as reproduções de seus trabalhos, comprou uma
 câmera

para que pudesse reproduzir suas obras

com uma técnica superior a dos fotógrafos da época.




Abandonou o uso de pincéis,preferindo
experimentar

outras técnicas. Com o aparecimento das pancromáticas, que possibilitavam fotografar em preto e branco conservando as nuances das cores,

Man Ray passou à categoria de verdadeiro

mestre em fotografar pessoas, especialmente
 KIki de Montparnasse
 rostos.
Personalidades de destaque em todas as áreas
estão
presentes em sua obra,





assim como o mundo
da moda e paisagens urbanas.





Man Ray, um pintor

renomado,

é considerado um

dos pioneiros

da fotografia,

tendo inventado

a técnica do raiograma, que consistia

em tirar a fotografia sem a câmara fotográfica

- o objeto ficava perto de um filme altamente

sensível e diante de uma fonte de luz.






Totalmente experimentais, as obras com
raiograma

- topo da modernidade de uma era -passaram

a fazer parte da história da fotografia e do cinema.

Fotogramas e solarizações trouxeram novas

experiências visuais.

O exemplo clássico destas técnicas

é a famosa obra 'Violin d'Ingres',onde
 Kiki de Montparnasse

aparece nua com as costas decoradas como

um violino.


Revolucionou a arte fotográfica na Europa e

retornou à terra natal para viver em Los Angeles.

Mas a estadia foi curta,

apenas 3 anos. Voltou para sua querida Paris

e ali viveu até 18 de novembro de 1976.


Enterrado no cemitério de Montparnasse,


o visitante pode perceber em seu epitáfio uma verdadeira

profissão de fé:


“Despreocupado, mas não indiferente”




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Pqueno documentário sobre Man Ray ao som de Donizetti
Clique aqui

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