
Meu tributo pelos 80 anos dele, que teriam se completaria m neste último final de semana.
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Para complementar as homenagens
pelo vigésimo aniversário da morte
de Raul Seixas, em 2009,a assessoria de imprensa que
cuidava da divulgação do livro "Metamorfose
ambulante",preparou- na
época - uma entrevista tipo ping-pong com Mario
Lucena,explicando a forma como o
cantor/compositor/grande
figura via o universo feminino ao seu redor.
O
livro (ilustração da capa ao lado,é acompanhado por um CD
da cantora
portuguesa Carina Freitas) mostra uma face de Raul
que os fãs não
conheceram.
Revelação que me surpreendeu:o arrependimento ao gravar "A
maçã", considerada o hino dos liberais.
"Mário
Lucena diz que foi por causa de mulher que Raul Seixas conheceu Paulo
Coelho. Raul não sabia viver sem um rabo-de-saia, mas nunca foi
mulherengo. As mulheres que davam em cima dele perdiam a viagem...
P:
O livro Metamorfose Ambulante que sai este mês nas bancas revela que as
mulheres foram responsáveis pela aproximação de Raul e Paulo Coelho, é
verdade?
R:
Não é uma verdade absoluta, mas é uma verdade pitagórica. Raul adorava
revistas com mulher pelada e conheceu uma chamada A Pomba, editada por
Paulo Coelho, que tratava de temas esotéricos, místicos, ufologia etc.
Paulo atraía o leitor com ensaios de mulher pelada. Raul se interessou,
mas acabou encontrando uma reportagem interessante sobre disco voador, e
foi procurar o editor. Tomou o maior chá de cadeira, mas permaneceu no
local a espera do futuro parceiro porque havia várias revistas de mulher
pelada (e disco voador) para passar o tempo...
P: Quantas mulheres passaram pela vida de Raul?
R:
Contando mãe e prima (a primeira musa de Raul foi a “prima Vera”),
cinco mulheres oficiais, três filhas e a assistente Dalva, temos 11
mulheres importantes na sua vida.
P: Como Raul se relacionava com as mulheres?
R: Raul só conseguia lidar com uma por vez, só sabia contar de uma em uma...
P: Qual foi a mais importante?
R:
Sem dúvida a mãe, pois Raul cantou eternamente seu desejo de voltar ao
útero materno... Mas pulando essa fase e deixando para trás o amor
platônico pela prima Vera, podemos dizer sem medo de erro que essa
mulher foi Edith.
O
primeiro amor não foi só idealização, Raul tinha uma paixão infinita
por Edith, tão grande que não conseguiu cantar esse amor, transformá-lo
em versos. Era real, amor do dia a dia. Infelizmente a relação não
sobreviveu a crise dos sete anos...
P: Raul superou esse amor?
R:
Nunca! Essa perda não foi elaborada por falta de tempo, pois conheceu
Glória, uma cópia melhorada de Edith. Além de bonita, Glória cantava
divinamente. Isso deixou Raul eufórico, pois a nova musa parecia
entender suas loucuras e repetiu Edith dando um filho ao roqueiro. Foi
tudo mágico e Raul não teve tempo para o luto, não amadureceu. Estar com
Glória era estar com uma Edith renovada, mas sem o mesmo amor, a mesma
paixão. Por isso durou tão pouco...
P: Como Raul superou essa segunda perda?
R:
A fantasia de Raul com as mulheres não tinha limites. Encontrou Tânia,
sua mata virgem, apaixonou-se, mas logo se decepcionou, pois da mata não
saía coelho! Raul queria fazer filho a qualquer preço. Seu desejo por
um filho homem era imenso. Tinha duas meninas com as quais pouco
conviveu. Queria um menino, e se a mulher negava ceder o útero para seu
projeto paterno era o fim. Raul, se pudesse, teria 12 filhos como um bom
nordestino...
P: Raul era mulherengo?
R: De forma alguma. Era careta, não sabia ficar ao lado de uma mulher se não houvesse uma química que os unisse.
P: Dessas mulheres, qual foi a mais importante?
R:
A mais importante para o artista foi Ângela. O homem Raul teve Edith,
mas o artista encontrou Ângela como quem encontra um anjo. E Ângela
representou seu papel com perfeição. Podemos dizer que Raul teve um amor
verdadeiro, Edith, mas nenhuma mulher o amou mais que Ângela. A força
dessa mulher foi impressionante. Raul deve a ela dez anos de sua vida. A
ela e a Vivi, a filha do casal. Foi com Vivi que Raul sentiu o gostinho
de ser pai. As outras mulheres o abandonaram, não permitiram que
exercesse a paternidade. Ângela foi um caso raro. Teria ido com Raul ao
inferno se ele não a tivesse preservado. Uma mulher corajosa, guerreira,
levantou o artista, deu fôlego para construir sua carreira.
P: Teve mais uma mulher?
R: Com Lena Raul
travou uma guerra no momento em que não tinha forças para lutar. Raul a
atacou de todas as formas, publicamente, uma baixaria. Foi difícil para
Lena, principalmente porque Raul não sabia o que queria, não era mais
senhor dos seus atos, tardiamente sonhou com uma proposta de sexo
liberal quando não se relacionava com nada... Só com a morte! "
(divulgação)
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