segunda-feira, 3 de maio de 2021

Lina Bo Bardi




Achillina Bo, mais conhecida como 
Lina Bo Bardi
Arquiteta modernista italiana naturalizada brasileira. 
 Designer, cenógrafa, editora e ilustradora. 
 Foi casada com o critico de arte Pietro Maria Bardi .

SESC POMPÉIA-SP Data de inauguração: de 18/08/1982 até 30/10/1986

 
Área do terreno: 16.573,00m²
Área construída total: 27.288,00m²



Projeto mais conhecido,considerado sua obra prima :MASP- Museu de Arte de São Paulo (1958) 
MASP-SP O Museu de Arte de São Paulo é um museu privado sem fins lucrativos, fundado em 1947 pelo empresário e mecenas Assis Chateaubriand (1892-1968), tornando-se o primeiro museu moderno no país.


 No campo da arquitetura, entre suas obras de destaque se encontram: Instituto Pietro Maria Bardi originalmente a residência do casal, o edifício é conhecido como a Casa de Vidro. 
 
Casa da Cultura de Pernambuco Recife, 1953 
 
Igreja do Espírito Santo do Cerrado-1976-Umerlândia-MG 

Museu de Arte Modena da Bahia 
 
Teatro Oficina -1990 
 
SESC Pompéia- Fábrica , São Paulo, 1990 

CASA DE VIDRO- 1951,  projeto  implantada em um grande terreno,  no Morumbi,ainda quase não habitado.   Inspirado nas ‘Case Study Houses‘ americanas.  Lina e Pietro Maria Bardi, seu esposo ,ali viveram durante 40 anos


*Reforma do Palácio das Indústrias SP-1992 
 Reforma do Teatro Politeama em Jundiaí-SP , 1986 - concluído em 1996. 

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 O texto que transcrevo abaixo,publicado em http://bardisbowlchair.arper.com/pt/lina-bo-bardi/ , dispensa qualquer outra iniciativa de biografar Lina na mídia eletrônica,por sua concisão e propriedade. 

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A formação e a atividade de arquiteta e jornalista na Itália 

 "Depois de formar-se em arquitetura em Roma, muda-se para Milão e trabalha no escritório do arquiteto Carlo Pagani. 
Abre o seu próprio escritório, que, porém, é destruído durante os bombardeamentos dos Aliados em 1943. 
Neste mesmo período inicia uma intensa atividade como ilustrador
a e redatora: colabora com Gio Ponti na revista Lo Stile, sendo, ainda, redatora nas revistas Grazia, Bellezza, Vetrinae L’Illustrazione Italiana. 

Em seguida torna-se, com Carlo Pagani, vice-diretora de Domus e de Quaderni di Domus até a suspensão da revista, em janeiro de 1945, por ordem da República de Salò. 
 Com o fim da guerra, Lina viaja pela Itália como correspondente de Domus, com Pagani e o fotógrafo Federico Patellani, documentando e avaliando o estado de destruição do país. 


 É uma dos fundadores do “Movimento Studi Architettura”, núcleo milanês de reconstrução racionalista, e participa do “Primeiro congresso nacional para a reconstrução”, denunciando o desinteresse da opinião pública pela questão. 
Durante estes anos, prossegue com a sua atividade editorial: funda com Pagani e Bruno Zevi a revista semanal ‘A’ – Attualità, Architettura, Abitazione, Arte (editada em Milão) e colabora com o jornal Milano Sera, dirigido por Elio Vittorini. 

 A ligação com o Brasil (1946 – 1992) 

Lina em São Paulo: a arquitetura, o design, o jornalismo, o ensino

 Em 1946 muda-se para Roma e casa-se com o renomado jornalista, galerista e crítico de arte Pietro Maria Bardi. 

Viajam para o Brasil, onde conhecem o jornalista e empresário Assis Chateaubriand que convida Pietro para fundar e dirigir um Museu de arte. 

Mudam-se definitivamente para o país e, no dia 2 de outubro de 1947, é inaugurado o MASP – Museu de Arte de São Paulo, cuja primeira sede é restruturada segundo um projeto de Lina. 
Em 1948 Lina funda com Giancarlo Palanti o Studio de Arte e Arquitetura Palma, dedicando-se ao design de interiores. 
Durante este período realiza o projeto da Bowl chair. 
Continua no Brasil a sua atividade editorial, com a criação da revistaHabitat – Revista das Artes no Brasil e a direção dos seus primeiros 15 números. 

No Brasil, Lina Bo Bardi encontra a sua felicidade criativa e, em 1951, obtém a naturalização. 
 No mesmo ano projeta e constrói a “Casa de Vidro”,  onde viverá para sempre com seu marido. Um edifício modernista e ainda hoje atual, cercado pela mata no Jardim Morumbi, em São Paulo, é hoje sede do Instituto Lina Bo e PM Bardi, que abriga e promove o precioso trabalho de Lina.     

 As suas obras arquitetônicas mais importantes durante os anos em São Paulo são: a segunda sede do MASP, projetada a partir de 1957 e inaugurada em 1968 e a Casa de Valeria Piacentini Cirell. 
Em São Paulo também dedica-se ao ensino: depois de fundar e dirigir com o marido a Escola de Desenho Industrial do Instituto de Arte Contemporânea (IAC), passa a ensinar na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo. 

Lina em Salvador 

De 1958 a 1964, Lina muda-se para Salvador, na zona mais pobre e desamparada do Brasil. 
Convidada pelo governador, dirige o Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM BA) e projeta a reforma do Solar do Unhão e a sua adaptação para museu.

 Em 1963 funda o Museu de Arte Popular do Unhão, que também abriga o Centro de Estudos e Trabalhos Artesanais e a Escola de Desenho Industrial. 
É o primeiro exemplo de museu-escola, onde produzir e promover um design atento às tradições populares e artesanais do país.   

Em 1964 o MAM BA é invadido pelos militares. Lina demite-se e retorna a São Paulo. Mais de vinte anos depois entrará novamente em contato com Salvador, ao ser convidada pela prefeitura para elaborar o plano de recuperação do centro histórico, não inteiramente concluído mas do qual foram realizadas algumas obras independentes. 
   
Os últimos anos em São Paulo 

Em 1977 começa a projetar – com André Vainer e Marcelo Ferraz – o centro recreativo SESC – Fábrica Pompeia, que será realizado na área de uma fábrica desativada. 
O projeto é concluído apenas em 1986. Este complexo arquitetônico de extraordinária força expressiva recebe em um mesmo núcleo múltiplas atividades sem organizá-las hierarquicamente, misturando pessoas de idade , interesses e classe social diferentes, em nome da convivência entre diversos. 

Outras obras arquitetônicas importantes nestes anos são a Igreja do Espírito Santo do Cerrado (Uberlândia) e o projeto de restauração do Palácio das Indústrias, que abrigará a nova prefeitura de São Paulo. 
Durante toda a sua vida, Lina surpreendeu com o seu ecletismo, exercendo ainda uma intensa atividade de curadora, estilista e cenógrafa. 

As suas obras nunca se caracterizam pelo esplendor ou pelo predomínio da tecnologia, e sim, pelo forte desejo de romper as barreiras entre a arte e a vida, o artista e o público. 

Morreu no dia 20 de março de 1992, na “Casa de Vidro”. *************************

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