Achillina Bo, mais conhecida como Lina Bo Bardi,
Arquiteta modernista italiana naturalizada brasileira.
Designer, cenógrafa, editora e ilustradora.
Foi casada com o critico de arte Pietro Maria Bardi .
SESC POMPÉIA-SP Data de inauguração: de 18/08/1982 até 30/10/1986 |
Projeto mais conhecido,considerado sua obra prima :MASP- Museu de Arte de São Paulo (1958)
MASP-SP O Museu de Arte de São Paulo é um museu privado sem fins lucrativos, fundado em 1947 pelo empresário e mecenas Assis Chateaubriand (1892-1968), tornando-se o primeiro museu moderno no país. |
No campo da arquitetura, entre suas obras de destaque se encontram:
Instituto Pietro Maria Bardi originalmente a residência do casal, o edifício é conhecido como a Casa de Vidro.
Casa da Cultura de Pernambuco Recife, 1953
Igreja do Espírito Santo do Cerrado-1976-Umerlândia-MG
Museu de Arte Modena da Bahia
Teatro Oficina -1990
SESC Pompéia- Fábrica , São Paulo, 1990
CASA DE VIDRO- 1951, projeto implantada em um grande terreno, no Morumbi,ainda quase não habitado. Inspirado nas ‘Case Study Houses‘ americanas. Lina e Pietro Maria Bardi, seu esposo ,ali viveram durante 40 anos |
*Reforma do Palácio das Indústrias SP-1992
Reforma do Teatro Politeama em Jundiaí-SP , 1986 - concluído em 1996.
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O texto que transcrevo abaixo,publicado em
http://bardisbowlchair.arper.com/pt/lina-bo-bardi/ ,
dispensa qualquer outra iniciativa de biografar Lina na mídia eletrônica,por sua concisão e propriedade.
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A formação e a atividade de arquiteta e jornalista na Itália
"Depois de formar-se em arquitetura em Roma, muda-se para Milão e trabalha no escritório do arquiteto Carlo Pagani.
Abre o seu próprio escritório, que, porém, é destruído durante os bombardeamentos dos Aliados em 1943.
Neste mesmo período inicia uma intensa atividade como ilustrador
a e redatora: colabora com Gio Ponti na revista Lo Stile, sendo, ainda, redatora nas revistas Grazia, Bellezza, Vetrinae L’Illustrazione Italiana.
a e redatora: colabora com Gio Ponti na revista Lo Stile, sendo, ainda, redatora nas revistas Grazia, Bellezza, Vetrinae L’Illustrazione Italiana.
Em seguida torna-se, com Carlo Pagani, vice-diretora de Domus e de Quaderni di Domus até a suspensão da revista, em janeiro de 1945, por ordem da República de Salò.
Com o fim da guerra, Lina viaja pela Itália como correspondente de Domus, com Pagani e o fotógrafo Federico Patellani, documentando e avaliando o estado de destruição do país.
É uma dos fundadores do “Movimento Studi Architettura”, núcleo milanês de reconstrução racionalista, e participa do “Primeiro congresso nacional para a reconstrução”, denunciando o desinteresse da opinião pública pela questão.
Durante estes anos, prossegue com a sua atividade editorial: funda com Pagani e Bruno Zevi a revista semanal ‘A’ – Attualità, Architettura, Abitazione, Arte (editada em Milão) e colabora com o jornal Milano Sera, dirigido por Elio Vittorini.
A ligação com o Brasil (1946 – 1992)
Lina em São Paulo: a arquitetura, o design, o jornalismo, o ensino
Em 1946
muda-se para Roma e casa-se com o renomado jornalista, galerista e crítico de arte Pietro Maria Bardi.
Viajam para o Brasil, onde conhecem o jornalista e empresário Assis Chateaubriand
que convida Pietro para fundar e dirigir um Museu de arte.
Mudam-se definitivamente para o país
e, no dia 2 de outubro de 1947,
é inaugurado o MASP – Museu de Arte de São Paulo,
cuja primeira sede é restruturada segundo um projeto de Lina.
Em 1948 Lina funda com Giancarlo Palanti
o Studio de Arte e Arquitetura Palma, dedicando-se ao design de interiores.
Durante este período realiza o projeto da Bowl chair.
Continua no Brasil a sua atividade editorial,
com a criação da revistaHabitat – Revista das Artes no Brasil e a direção dos seus primeiros 15 números.
No Brasil, Lina Bo Bardi encontra a sua felicidade criativa
e, em 1951, obtém a naturalização.
No mesmo ano projeta e constrói a “Casa de Vidro”, onde viverá para sempre com seu marido.
Um edifício modernista e ainda hoje atual, cercado pela mata no Jardim Morumbi, em São Paulo, é hoje sede do Instituto Lina Bo e PM Bardi, que abriga e promove o precioso trabalho de Lina.
As suas obras arquitetônicas mais importantes durante os anos em São Paulo são:
a segunda sede do MASP, projetada a partir de 1957 e inaugurada em 1968
e a Casa de Valeria Piacentini Cirell.
Em São Paulo também dedica-se ao ensino: depois de fundar e dirigir com o marido
a Escola de Desenho Industrial do Instituto de Arte Contemporânea (IAC), passa a ensinar na
Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo.
Lina em Salvador
De 1958 a 1964, Lina muda-se para Salvador, na zona mais pobre e desamparada do Brasil.
Convidada pelo governador, dirige o Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM BA)
e projeta a reforma do Solar do Unhão e a sua adaptação para museu.
Em 1963 funda o Museu de Arte Popular do Unhão, que também abriga
o Centro de Estudos e Trabalhos Artesanais e a Escola de Desenho Industrial.
É o primeiro exemplo de museu-escola, onde produzir e promover
um design atento às tradições populares e artesanais do país.
Em 1964 o MAM BA é invadido pelos militares. Lina demite-se e retorna a São Paulo.
Mais de vinte anos depois entrará novamente em contato com Salvador,
ao ser convidada pela prefeitura para elaborar o plano de recuperação do centro histórico,
não inteiramente concluído
mas do qual foram realizadas algumas obras independentes.
Os últimos anos em São Paulo
Em 1977 começa a projetar – com André Vainer
e Marcelo Ferraz – o centro recreativo SESC – Fábrica Pompeia, que será realizado na área de uma fábrica desativada.
O projeto é concluído apenas em 1986.
Este complexo arquitetônico de extraordinária força expressiva recebe em um mesmo núcleo múltiplas atividades sem organizá-las hierarquicamente, misturando pessoas de idade
, interesses e classe social diferentes, em nome da convivência entre diversos.
Outras obras arquitetônicas
importantes nestes anos são a Igreja do Espírito Santo do Cerrado (Uberlândia)
e o projeto de restauração
do Palácio das Indústrias, que abrigará a nova prefeitura de São Paulo.
Durante toda a sua vida, Lina surpreendeu com
o seu ecletismo, exercendo ainda uma intensa atividade de curadora, estilista e cenógrafa.
As suas obras nunca se caracterizam pelo esplendor ou pelo predomínio da tecnologia, e sim, pelo forte desejo de romper as barreiras entre a arte e a vida, o artista e o público.
Morreu no dia 20 de março de 1992, na “Casa de Vidro”.
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