quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

ROY LICHTENSTEIN NA TATE MODERN DE LONDRES

 
Inauguração amanhã (21 de fevereiro de 2013) da maior  retrospectiva  do artista -morto em 1997- na Tate Modern de Londres

Roy Lichtenstein, pintor, escultor, artista gráfico e um dos  ícones da arte pop, desenhou naturezas mortas, paisagens e redefiniu obras primas da arte erudita.
Suas pinturas alcançam preços de inacreditáveis sete dígitos .

A obra Sleeping Girl (acima)  foi vendida por cerca de US$ 45 milhões.
 A tela, de 1964, bateu o recorde para um leilão de arte do pós-guerra e contemporânea na Sotheby′s, na noite de quarta-feira, dia 9 de maio de 2012,em Nova York.

  




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 A Pop Art

A pop art, termo criado pelo crítico britânico Laurence Alloway, foi o movimento artístico surgido nos anos 50 na Inglaterra e nos Estados Unidos,  que atingiu seu ápice nas décadas de 60 e 70, quando Andy Wahrol também pontificava.
Para provar  que havia crise na arte do século 20, os artistas pop procuraram, com suas obras, denunciar  a massificação da cultura  do capitalismo.
Assim que aderiu à nova onda - como os demais artistas do movimento - Lichtenstein privilegiou as cores primárias (azul, amarelo e vermelho), usou o recurso dos pontinho, das linhas paralelas  e a vantagem do baixo custo de impressão gráfica para produzir obras como o famoso Whaam! , que está na Tate Gallery.  
Uso dado ao desprezado

Roy Lichtenstein se  fez notar pela utilização das histórias em quadrinhos e  dos clichês que, pinçados da arte comercial, se transformam em objetos de arte: socos, tiros, lágrimas pelo amor perdido, com frases e textos de apoio. Com certa ironia deu a esta fase o nome de “Grande Pintura”.
Uma das melhores definições do movimento veio do próprio Roy :` O que marca o   pop,é  – antes de mais nad a- o uso que é dado ao que é desprezado”.

A pop art é considerada, na cultura ocidental, o marco de passagem do modernismo para o pós-moderno.
Como nos anos 60 já usava o tema da ironia, que  marcou os 90, Roy  é  considerado pioneiro, mestre e uma figura proeminente da arte americana.

Minima biografia

Roy Fox Lichtenstein nasceu em 27 de outubro de 1923, em Nova  York. 
Estudou Belas Artes   na Ohio State University de Columbus,  onde se diplomou em 1949.
Professor nesta mesma Universidade, passou por quatro outras até que  a carreira de pintor decolou, em 1951.
Entre os dois períodos prestou seu serviço militar na Europa.
Sua primeira individual foi em  1951, na Carlebach Gallery, em Nova York.
Até 1957, trabalhou como designer e fez cartazes para vitrines de lojas.
Entre 1957 e 1960, oscilou entre  o impressionismo abstrato  e as  histórias em quadrinhos e cartuns  até que se decidiu pelo uso dos elementos típicos da propaganda em seus desenhos  e pinturas.
A primeira exposição em  Nova York (1962) o torna pioneiro da pop art  com o emprego de tudo que era usado como material publicitário. Mickey, o Coelho Pernalonga e Pato Donald se transformam em  inspiração constante, em telas gigantes. Brinca com os efeitos da trama ótica e com a composição convencional.
Com James Rosenquist e Andy Warhol,  transforma-se num crítico feroz da sociedade  norte americana, tomada pelo consumerismo institucionalizado pela publicidade. Um vento de revoltra contra o expressionismo abstrato, que vinha se tornando acadêmico, soprava em Nova York neste momento. (Olhada com a perspectiva do tempo, esta postura me parece mais  laudatória que censora)
Executou murais imensos como a “Sereia” do Theatre of Performing Arts em Miami e “Blue Brushstrokes”, no  Equitable Building, New York.
Reviu, sob seu personalíssimo ponto de vista, obras de grandes mestres como Monet, Picasso, Mondrian e  Cézanne.
Lichtenstein tinha algumas facetas não muito conhecidas pelo grande público : as esculturas do período 1967-1968, como a que enfeita praça em Barcelona.
Morreu de pneumonia em 29/9/1997, mundialmente reconhecido e aclamado,  em Nova York, cidade natal onde residia e tinha atelier,


Exposições e Retrospectivas

*Seus trabalhos foram expostos na Bienal de Veneza de 1966,1968 e 1970.

*Uma retrospectiva no Museu de Arte de Pasadena também foi exibida em Amsterdam, Londres, Berna e Hannover.

*Esteve presente na Documenta "4" e "5", Kassel, em 1968 e 1972, respectivamente,

*Em 1969, retrospectiva no Guggenheim de Nova York. A do Centre National d'Art Contemporain, Paris foi exibida , em seguida, em Berlim.

*Em  1981, o Museu de Arte de St.Louis organizou uma turnê retrospectiva que percorreu os Estados Unidos, a Europa e o Japão. 

*Em 1987 , nova retrospectiva de seus desenhos aconteceu no MoMA de Nova York e, em 1988, no Kunsthalle, Frankfurt.

 A “Roy Lichtenstein Foundation ”
. 
Em 1999, foi criada a Fundação que administra acervo de suas obras  e está sendo gerenciada pelos herdeiros.
Como vivemos em plena era da cultura digital, da sociedade globalizada e dos direitos autorais, praticamente nenhum material de ordem pessoal está disponível para pesquisa livre.
O que talvez não fosse da vontade de Roy, crítico mas  sempre atento às platéias e assistências. Ou terá sido?
O uso e conhecimento  de seu talento incomum não podem ser desprezados.

Convido os leitores a conhecer o site oficial da Fundação.
Vale a visita.

  

2 comentários:

Anônimo disse...

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Anônimo disse...

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