(setembro 2006)
Se você joga uma pedra num lago, verá o impacto da pedra se transformar em ondas concêntricas na superfície.
A pedra não cai sozinha no lago - precisa de sua energia para ser lançada. O mesmo acontece com o rádio - para funcionar precisa de energia elétrica.
Equipamentos produzem as ondas eletromagnéticas que são finalmente recebidas pelos ouvintes. No caso da pedra no lago, as ondas se estenderam por vários metros pois a energia foi suficiente para chegar até uma certa distância - tanto maior quanto a força que você empregou para lançá-la.
Uma estação radiodifusora produz um efeito semelhante - por meio da eletricidade as ondas se transmitem no espaço e viajam até chegar ao aparelho receptor. A musica ou as notícias que ouvimos percorrem a distância existente entre a estacão transmissora e o local onde você está. Até chegar à sofisticacão dos rádios modernos, um longo caminho de experimentos e investigações precisou ser percorrido. Observando as ondas na praia sabemos que, sobre elas, um barco pode navegar.
As ondas de rádio são invisíveis mas também podem navegar em nossa direção. Existem muitos tipos de ondas : as marinhas, as luminosas, as calóricas, as magnéticas e as sonoras.
Para entender como funciona o rádio temos que nos deter nas ondas sonoras : ao falar, as transmitimos ao escutar as recebemos, desde que sejam enviadas com a quantidade de energia necessária para que possamos ouvi-las.
O ouvido capta o som através das vibrações emitidas e direcionadas ao cérebro sob a forma de impulsos nervosos, utilizando o sofisticado sistema químico, físico e biológico do corpo humano. Ainda não totalmente desvendado, o mistério da audição tem relação com nossa memória e capacidade de entendimento. Da mesma forma funciona o rádio, convertendo em som os impulsos elétricos que podem viajar distâncias enormes, muito distante de onde foram originados.
Os astronautas, por exemplo, se comunicam com as bases em terra através das ondas do rádio. Os sons captados pelos microfones da estação emissora vão a um transmissor onde sofrem uma variação elétrica e encaminhados a uma antena chegam à sua casa transformados em sinais eletromagnéticos.
Cada estacão de rádio tem sua própria frequência, ou seja, seu próprio código para captar e reenviar as vibrações, tanto em FM como em AM.
Assim sendo, uma frequência do dial transmite apenas uma emissora, caso contrário todas se misturariam e você não ouviria nada além de um desagradável ruído.
Componentes, existentes em seu rádio receptor, transformam outra vez estes sons para que você possa ouvir as canções e seus programas favoritos.
Na 2ª metade do século 19, cientistas que procuravam uma forma de comunicação sem cabos conseguiram bons resultados com as ondas eletromagnéticas. O escocês Clark Maxwell demonstrou, matematicamente, que a ação desta onda se espalha em movimento ondulatório.
Em 1887, o alemão Heinrich Hertz utilizando correntes periódicas de frequência muito alta transformou o movimento ondulatório em um fenômeno que se podia estudar e medir. Em sua homenagem as ondas que se usam em rádiocomunicação são medidas em HERTZ (ondas hertezianas).
O italiano Guillermo Marconi, que já havia inventado o telégrafo usando o código Morse, aperfeiçoou os estudos de Hertz e teve a honra de ser considerado o “descobridor do rádio”. Marconi começou seus experimentos muito cedo.
Aos 20 anos já trabalhava no laboratório que criou na fazenda onde morava, nos arredores de Bolonha, Itália. Trinta anos mais tarde, conseguiu transmitir a voz humana à distância, sem uso de cabos. Em 12 de outubro de 1931, os refletores de iluminação do morro do Corcovado, onde se encontra a imagem do Cristo Redentor - símbolo do Rio de Janeiro - foram ligados via rádio por Marconi, de seu laboratório instalado a bordo do iate Electra ancorado em Gênova,Itália, ***********************************************************************************
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