quarta-feira, 18 de janeiro de 2023

Antero de Quental poeta, filósofo e escritor português

1842-1891

Assinatura Antero de Quental.svg

 Cento e trinta dois anos depois de ter escolhido partir, o poeta está mais presente e bem localizado do que nunca, aqui no Rio de Janeiro.



Em 2016, foi inaugurada a estação de metrô,localizada na pracinha que tem seu nome desde 12 de junho de 1942,no coração do nosso amado Leblon e a uma quadra da praia.
 

Praça Antero de Quental
 

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18 de abril de 1842 Antero Tarquínio de Quental nasce em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel nos Açores,quarto dos sete filhos de  Fernando do Quental, veterano das Guerras Liberais Portuguesas e de  Ana Guilhermina da Maia.  

Começou a escrever poesia desde muito jovem, dedicando-se principalmente  ao soneto.
Também muito criança, teve aulas de francês com Antônio Feliciano de Castilho, uma das principais figuras do romantismo português, residente em Ponta Delgada.

Estudos
 
Aos sete anos,   matriculado no Liceu Açoriano, escola particular, teve aulas de inglês. 
Em agosto de 1852, mudou-se com a mãe para Lisboa, onde estudou no Colégio do Pórtico  Encerrados os estudos naquela instituição, regressou a Ponta Delgada em 1853.  

 Em 1856, estudante interno do Colégio de São Bento, em Coimbra, surgem os seus primeiros versos.   

Quental inicia os estudos acadêmicos em 1858 na Universidade de Coimbra, formou-se em Direito.  

No ano seguinte, publica nos Prelúdios Literários “Na sentida morte do meu condiscípulo Martinho José Raposo” e ,ainda nos Prelúdios, publica “Leituras Populares”. 

Passa a dirigir o jornal mensal, científico e literário “O Acadêmico”,juntamente com Alberto Sampaio, Alberto Teles, dentre outros.

 A Questão Coimbrã

 Foi uma polêmica acontecida em 1865 entre os literatos portugueses :Antônio Feliciano de Castilho, escritor romântico  e o grupo de estudantes da Universidade de Coimbra , composto por Antero de Quental, Teófilo Braga e Vieira de Castro.

Marco zero do Movimento Realista em Portugal, veio com  nova  forma de fazer literatura,  em torno de qu


  estões científicas surgidas naquele momento histórico e  tentando reverter o atraso cultural da sociedade.

            A Geração de 1870

O movimento acadêmico que ficou conhecido como Geração de 70 foi a consequência natural da revolução   na cultura, política e literatura portuguesas causadas pela introdução do Realismo. 

 Tendo Antero de Quental  como uma espécie de líder, o grupo era integrado por literatos do quilate de Ramalho Ortigão, Guerra Junqueiro, Teófilo Braga,Eça de Queirós, Jaime Batalha Reis e Guilherme de Azevedo.   

Em uma de suas muitas viagens,trabalhou como tipógrafo na França.durante dois anos, e conheceu de perto a realidade dos operários.

Assim, em 1875, foi um dos fundadores do Partido Socialista Português.    

Com problemas de saúde, passou os anos de 1878 e 1879 em tratamento, novamente na França. 


De volta a Lisboa, candidatou-se a deputado pelo Partido Socialista e adotou as meninas Albertina e Beatriz, filhas de um amigo falecido.


Nos 10 anos seguintes, morou, com elas, em Vila do Conde,dedicado à sua produção poética. 


Em 1890, associou-se ao movimento Liga Patriótica do Norte.

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Por volta das 20 horas do dia 11 de setembro de 1891, Antero comete suicídio num banco de jardim junto ao Convento de Nossa Senhora da Esperança, em Ponta Delgada.

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É meu desejo compartilhar com você,leitor/a,  este site que faz uma "autópsia do suicídio" de Quental.

Texto longo, 79 páginas, publicado pela Imprensa da Universidade de Coimbra, mas primordial para tentar entender os motivos do gesto desesperado:
 

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Principais obras de Antero de Quental

  • Sonetos de Antero (1861)

  • Beatrice e Fiat lux (1863)

  • Odes modernas (1865)

  • Bom senso e bom gosto (1865)

  • A dignidade das letras e as literaturas oficiais (1865)

  • Defesa da Carta Encíclica de Sua Santidade Pio IX (1865)

  • Portugal perante a Revolução de Espanha (1868)

  • Causas da decadência dos povos peninsulares (1871)

  • Primaveras românticas (1872)

  • Considerações sobre a filosofia da história literária portuguesa (1872)

  • A poesia na atualidade (1881)

  • Os sonetos completos (1886)

  • A filosofia da natureza dos naturistas (1886)

  • Tendências gerais da filosofia na segunda metade do século XIX (1890)

  • Raios de extinta luz (1892)

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