segunda-feira, 10 de maio de 2021

Nikola Tesla, inventor da Idade Moderna

 

No final do texto,o vídeo /teste do carro elétrico Tesla, considerado o carro do futuro.

 

  
Um estranho no ninho
  
O sérvio Nikola Tesla, um daqueles seres que revolucionaram 

mundo a partir de uma idéia. Tesla é considerado “inventor da 

Idade Moderna" e o "homem que espalhou luz sobre a face da 

Terra”. 

Alguns de seus inventos: a turbina, o oscilador e o carro elétrico que levam seu nome, a transmissão sem fios, a iluminação fluorescente,  o controle remoto, transmissões em alta voltagem, o canhão de feixe de partículas, o radar - chamado por ele de “raio da morte”-as ondas estacionárias terrestres, a  telegeodinâmica,o sistema eletrogravítico,o campo magnético rotativo. 

Como tanta coisa surgiu de apenas uma mente?


Achei um site em português, elaborado por engenheiros que testam as teses do cientista e admiram seu gênio  criativo, mas  cujo título de extremo mau gosto, reles, vulgar, remete direto à homossexualidade de Tesla.  

Realmente, existem abundantes rumores sobre a homoafetividade do cientista. 
 
A misoginia foi reforçada numa entrevista ao periódico Collier’s, em 1924, quando ele comentava que “se fêmeas da espécie, exercessem suas habilidades, seriam perfeitas e poderiam formar uma sociedade eficiente como a das abelhas”.     


A angústia constante do gênio

Nikola  Tesla nasceu em 9 de julho de 1856 e está escrito em seu certificado de batismo que era filho do Padre Milutin Tesla, presbítero da Igreja Ortodoxa Sérvia e de Đuka Mandić, sendo o quarto dos cinco filhos do casal.

Em 1862, a família mudou-se para Gospić e Tesla, depois de frequentar a escola em Karlovac, estudou engenharia elétrica na Escola  Politécnica Austríaca, em Graz.

Em Dezembro de 1878, deixou Graz e rompeu todas as relações com a sua família. Os amigos  até pensaram que tinha até morrido afogado no Rio Mura.

Foi para Maribor - atual Eslovênia- onde trabalhou como engenheiro assistente durante um ano.

Sofreu um outro esgotamento nervoso e dedicou-se a ler muito. 

Devorava  livros inteiros com sua memória fotográfica e captação tridimensional.

Alguns anos depois de formado, quando trabalhava numa companhia telefônica em Budapeste, ao sair de um período depressivo (era bipolar) ,teve a visão de um eficiente motor de indução para correntes alternadas, resolvendo ali - de pronto - os cálculos inacabados.

Era acometido de alucinações em que via, ouvia e compreendia a maneira de materializar uma invenção como, por exemplo, o 
sistema de  indução polifásica.

Odiava desenhar. Não deixou esquemas claros de suas máquinas, o que enlouqueceu os engenheiros que continuaram seu trabalho.

Tal genialidade  abriu-lhe as portas para um contrato na empresa de Thomas Alva Edison, na França.

Em 1895, Tesla entrou em acordo com a Westinghouse para construir a primeira grande hidrelétrica com energia gerada pelas cataratas de Niagara.

Estava consagrado o sistema polifásico, que tornou-se o modelo para a expansão da eletricidade através do mundo.

Um biógrafo escreveu que Tesla ajudou a construir a Segunda Revolução Industrial e desbravou caminhos para o futuro.

Naturalizado norte-americano foi, na época, o cientista mais famoso dos Estados Unidos. Até mais do que isso: um personagem, um ícone.

Rumores e manias

Tesla era de temperamento muito fechado mas, quando queria, sabia ser amável.
Um amigo escreveu : "poucas vezes se conhece um cientista ou engenheiro que também seja um poeta, um filósofo, um apreciador de música erudita, um linguista, e um connoisseur de comida e bebida."
Além do sérvio,   falava tcheco,inglês,francês,alemão,húgaro,italiano e latim. 

Os jornalistas de publicações científicas, os  “paparazzi” da hora, pediam que Tesla casasse e procriasse para que seu DNA ajudasse a trazer ao mundo mais gênios.

Para acabar com a cobrança, ele, que sempre ignorava os rumores sobre ser solteirão convicto, declarou a um repórter, em 1897: “o casamento dissipa as energias criativas de um inventor”. 
A personalidade obsessivo-compulsiva e as idiossincrasias  do gênio certamente não ajudariam no quesito relacionamento amoroso.

Ele tinha fobia por vermes e bactérias, jamais apertava a mão de quem quer que fosse, não suportava contato com quaisquer fios de cabelo  ou penugens de outra pessoa e nem pensar em ver mulher usando jóias, especialmente pérolas, que lhe causavam repugnância.

Tinha cisma com o número 3 e nunca ficava em quartos de hotel cujo número fosse divisível por 3, tinha mania de limpeza e  era misofóbo (medo mórbido de sujeira).
 
Adorava pombos e criou uma ração balanceada  que mandou confeccionar e com ela os alimentava, no Central Park.

Ficou muito ligado a um pombo branco que criava em seu quarto de hotel. 
Acreditava que assim demonstraria que “havia sublimado seu ideal de arquétipo feminino”. Ficou abatidíssimo quando a avezinha morreu.

Na mesa, calculava de cabeça o volume cúbico de cada garfada ou colherada antes da ingestão.

Conhecido pela teatralidade, apresentava seus inventos como se fosse um mágico. 
Mas não era um recluso? Sabia que era uma pessoa especial, diferente, e assim deveria ser aceito.
Tornou-se grande amigo de Mark Twain  e costumavam trabalhar juntos.

Vegetariano fanático, acreditava que o vegetal era superior à carne, facilitando o processo digestivo e ampliando a mente, além de achar que abate de animais era “imoral e cruel”.

Aos 86 anos, sem nunca ter ligado muito pra dinheiro e não tendo conseguido patentear muitas de suas invenções, morreu pobre num quarto de hotel em Nova York.
      
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Tesla,O carro do futuro (vídeo,23')

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