
Eram exatamente 8 h e 55 min da manhã de domingo, 7 de dezembro de 1941, quando aviões japoneses atacaram de surpresa Pearl Harbor - ilha de Oahum, arquipélago do Hawai - onde se encontrava ancorada a frota de guerra americana.
O idealizador do ataque - almirante Isoroku Yamamoto, comandante da frota imperial - tinha como objetivo assegurar a conquista da China e do sudeste da Ásia, neutralizando o poderio norte-americano na região com a destruição preventiva de seus armamentos.
Assim, foi criada a operação que recebeu o nome de “Plano Z”. A missão tinha como objetivo atacar Pearl Harbor, em pleno Oceano Pacífico, a 5500 km das costas japonesas.
Horas após encerrada a operação militar, o governo japonês apresentou aos Estados Unidos uma declaração de guerra.
O treinamento dos pilotos japonenses foi realizado sob segredo total e seus aviões eram equipados com torpedos especiais, capazes de mergulhar nas águas mais profundas da base ianque .
No dia 25 de novembro, a frota nipônica baseada no arquipélago das Kouriles levanta âncora e começa a jornada para o leste.
Eram 32 navios ( inclusive petroleiros), seis porta-aviões com 353 aeronaves, 27 submarinos, 2 encouraçados, 2 cruzadores pesados e 11 contra-torpedeiros.
No dia 4 de dezembro, a frota dividiu-se e uma parte tomou rumo sul, em direção ao Havai, orientando-se pela programacão de jazz das rádios de Honolulu - assim a esquadra japonesa se aproximou do arquipélago sem ser detectada pelos radares.
Tora,Tora,Tora
O código para dar início ao ataque era “Tora,Tora,Tora” (tigre, em japonês).
A primeira formacão de 183 aviões - voando pouco acima das ondas.- atacou os 90 navios enfileirados no porto.
Naquela manhã de domingo, a maioria dos oficiais descansava em terra.
Menos de uma hora depois, às 9 h e 45 min, uma segunda e última formação de 137 aviões realizou um novo ataque.
Em duas horas, os japoneses destruíram ou danificaram seriamente 8 encouraçados, 3 cruzadores, 3 destroyers e 4 navios auxilares, matando 2 403 americanos.
Da parte dos atacantes, as perdas foram bem menores: 29 aviões e 55 mortos. Neste mesmo fatídico domingo, os japonses - já em guerra contra a China desde 1937 - desembarcaram na Malásia e nas Filipinas, com o objetivo de consolidar a conquista do sudeste da Ásia.
No dia seguinte ao ataque de Pearl Harbor, com o apoio maciço do Gongresso, o presidente Franklin Delano Roosevelt - que apoiava discretamente ingleses e russos na luta contra Hitler - declarou guerra ao Japão .
Três dias depois, Alemanha e Itália, aliadas do Japão, declararam também guerra aos Estados Unidos.
O ataque foi uma surpresa?
Muitos indícios sinalizavam que algo ocorreria. Sempre foi tática japonesa entrar em guerras sem aviso prévio. Em 8/2/1904, aconteceu algo semelhante com o ataque surpresa à base de Port Arthur, na Península de Lio-Tung, na China , sem nenhuma declaração prévia.
Na década de 30, uma ação inesperada - organizada pelo General Tojo e pelo próprio imperador Hiroito - invadiu a Mandchúria. Desde os primóridos de 1941, era bem conhecido o propósito do Japão de criar um novo território na Ásia.
As autoridades americanas esperavam um ataque, mas não sabiam qual seria a base “sorteada”: Guam, Filipina ou Pearl Harbor.
Para impedir este ataque Roosevelt deveria desarmar todas as bases no Pacífico e propor a paz. O conhecimento dos planos japonenses pelo serviço de inteligência de nada servia como proteção, pois a estratégia japonesa poderia mudar o alvo e a data a qualquer momento.
Há sinais de que Roosevelt suspeitava do ataque, tanto que autorizou a saída de alguns encouraçados do porto poucos dias antes do 7 de dezembro. Uma ação que em nada contribuiu para amenizar a catástrofe.
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