 Bexiga:  bairro boêmio- gastronomia italiana, religiosidade, arte e  cultura e sede da   Escola de Samba Vai-Vai
Bexiga:  bairro boêmio- gastronomia italiana, religiosidade, arte e  cultura e sede da   Escola de Samba Vai-Vai
         Segundo o historiador Egydio Coelho da Silva, o nome não-oficial Bixiga da região delimitada pelas ruas Major Diogo, Avenida Nove de Julho, Rua Sílvia e Avenida Brigadeiro Luís Antônio, no distrito da Bela Vista, teria origem em três hipóteses:
1 - o nome teria sido dado pejorativamente porque os portadores de varíola (bexiga) se concentraram na região durante uma epidemia
2. - o nome seria oriundo de um matadouro, que existia na Rua Santo Amaro
3. - Do nome de Antonio Bexiga, proprietário da estalagem do Bexiga.
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"Os  primeiros registros referentes ao Bixiga são de 1559, e dão conta  de  uma grande fazenda chamada Sítio do Capão, cujo dono era o  português  Antônio Pinto (capão é uma porção de mato isolado no meio do  campo).  Décadas mais tarde o local passou a se chamar Chácara das   Jabuticabeiras, devido ao grande número de frutas existente nas   imediações. já na segunda década do século 18, o local pertencia a   Antônio Bexiga.
 Não foi todo mundo que  gostou do Bixiga - é bom lembrar que o "e" da  palavra Bixiga passou a  "i" devido à boa fala popular. Em 1819, um  viajante francês chamado  Saint Hilaire, percorreu grande parte do  Brasil, inclusive São Paulo, e  depois publicou um livro a respeito.
 Nele escreveu que a única  estalagem da cidade era a de um português  alcunhado de "Bexiga", e que  era imunda - fora então pernoitar na  chácara Água Branca, em Pinheiros.  
O Bixiga foi crescendo lentamente,  sempre dominado pela dualidade de  idiomas (português e italiano).  Aliás, em algumas Ruas do bairro o  italiano era muito mais falado do  que a língua-pátria.
Quando não era  uma das duas, era a junção de ambas  - que o compositor Adoníran Barbosa eternizou em centenas   de canções e mesmo não sendo do bairro, acabou como símbolo do mesmo. 
 
Em  1948, finalmente o Bixiga encontrou, a sua vocação. Ela o  tornaria o  mais paulistano e o mais boêmio de todos os bairros da  capital. Nesse  ano, Franco Zampari alugou um prédio na Rua Maior Diogo e  nele instalou  o TBC - Teatro Brasileiro de Comédia -, que seria a  grande semente da  agitada vida cultural e noturna do Bixiga, que  perdura e cresce a cada  dia. Foi o primeiro passo para transformar o  bairro na  "Broadway-Bixiga".
Novas casas de espetáculos foram sendo  montadas,  como o Teatro Imprensa, o Sérgio Cardoso, o Ruth Escobar e  outros.
Isso  sem contar o Teatro Bandeirantes na Brigadeiro Luís  Antônio, onde a  inesquecível Elis Regina ficou mais de um ano em.  cartaz com o show  "Falso Brilhante" (um marco na história dos musicais  brasileiros). 
 Hoje, o Bixiga exala cultura, seja pela qualidade dos espetáculos, seja por suas Ruas - agora bem cuidadas -, ou pelos tipos maravilhosos, diferentes e estranhos que por elas circulam ".
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