Em memória de Alexandre Thomé Ivo Rajão
(29 de junho, 2010)
Trancrevo aqui os textos publicados no site do semanário Veja e o da revista online Mixbrasil e me solidarizo com Angélica Ivo,mãe do adolescente Alexandre.
Em sua breve vida,ao menos, ele teve a sorte de contar com o carinho familiar,algo muito em falta. Em muitos lares, tantos que os leitores nem imaginam quantos ,familiares não possuem coragem suficiente para encarar a "sociedade" deixando que seus meninos expressem orientações sexuais diferentes das ditas "normais".
Como ser humano,mãe de um filho homossexual e ativista dos direitos humanos, expresso minha revolta e o nojo que sinto, muitas vezes, de fazer parte da mesma espécie humana que produz monstros homofóbicos que-bem sabemos- são gays enrustidos.
Alexandre foi brutalmente espancado e morto na madrugada do último dia 21, ao sair de uma festa. Três suspeitos do crime estão presos: o eletricista Allan Siqueira de Freitas, o brigadista Eric DeBruim, ambos de 22 anos, e o açougueiro André Luiz Marcoge da Cruz, de 23.
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O assassinato do jovem militante Alexandre Thomé Ivo Rojão, de 14 anos, na semana passada no Rio de Janeiro ganhou repercussão nacional e a indignação de toda a militância brasileira.
Em nota enviada à imprensa no último sábado, 26, a ABGLT (Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais) classifica o crime como “um dos casos mais chocantes de violência homofóbica dos últimos tempos”.
Na nota, a entidade “reitera seu pedido, já formalizado duas vezes, de que o Ministério da Justiça implemente as políticas públicas previstas no Plano Nacional de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos de LGBT, em especial as que dizem respeito à repressão da violência homofóbica”.
Confira o texto na íntegra.
Nota da ABGLT sobre o assassinato de Alexandre Ivo Rajão Alexandre Ivo Rajão, 14 anos, foi assassinado na segunda-feira, 23/06, em São Gonçalo-RJ. Alexandre foi torturado com crueldade. O adolescente era ligado ao Grupo LGBT Atitude e voluntário da Parada LGBT de São Gonçalo.
No laudo consta que ele foi morto por:
1- asfixia mecânica;
2- enforcado com sua própria camisa;
3- com graves lesões no crânio, provavelmente causadas por agressões com pedras, pedaços de madeira e ferro.
Alexandre voltava para casa às 2h30, quando foi brutalmente assassinado.
Seu corpo foi deixado num terreno baldio.
O delegado Geraldo Assed, da 72ª DP (Mutuá), suspeita que o crime tenha sido praticado por skinheads e motivado por intolerância à orientação sexual. Três suspeitos foram detidos.
Este é um dos casos mais chocantes de violência homofóbica dos últimos tempos.
A ABGLT conclama as autoridades competentes para que tomem todas as medidas cabíveis, que a justiça seja feita e os culpados punidos exemplarmente.
Não podemos tolerar mais um caso de impunidade. Segundo dados do Grupo Gay da Bahia, 198 lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais foram assassinados no Brasil apenas no ano de 2009, seguindo uma tendência anual crescente, e representando uma média de 1 assassinato a cada 2 dias.
Sem dúvida, estes dados são subnotificados, uma vez que dependem de informações obtidas através do monitoramento dos meios de comunicação, e não existe o registro oficial (governamental) de estatísticas sobre a violência homofóbica.
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Justiça manda prender suspeitos de matar jovem no Rio
Por Clarissa Thomé
Rio de Janeiro - A Justiça decretou hoje a prisão temporária dos três jovens suspeitos de sequestrar, torturar e matar o estudante Alexandre Thomé Ivo Rojão, de 14 anos.
O corpo do adolescente foi encontrado no bairro Califórnia, em São Gonçalo (Rio de Janeiro), na madrugada de segunda-feira, com lesões no crânio que podem ter sido causadas com pedras e barras de ferro. Ele foi enforcado.
Ligações feitas para o disque-denúncia informaram a placa de um carro que estava no local em que foi encontrado o corpo no dia do crime.
Pelo carro, os policiais chegaram ao grupo de amigos acusados de ter cometido o crime. O delegado Geraldo Assed, que investiga o assassinato, suspeita que eles sejam skinheads e tenham praticado o crime por intolerância sexual. A pena prevista para esse tipo de crime é de 12 a 30 anos de detenção.
Segundo informações da polícia, o trio esteve em um churrasco para assistir ao jogo do Brasil, no domingo, do qual Alexandre também participou. O adolescente e amigos se envolveram em uma briga e estiveram na delegacia de São Gonçalo para registrar a queixa"
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