Manifestações em Teerã:Mulheres exibem fotos de Simone de Beauvoir e pedem direitos iguais.
(28 de junho,2009)
Este ano ,o Prêmio Simone de Beauvoir pela Liberdade das Mulheres, no valor de 30 mil euros,foi para a campanha iraniana "Um milhão de assinaturas", que pede o fim das leis discriminatórias contra as mulheres naquele pais. O prêmio foi instituído no centenário de nascimento de Simone( 9 de janeiro de 2008) e se destina a pessoas ou instituições que,inspirados no ícone do século XX,tenham contribuído para a liberdade feminina em qualquer local do mundo.
"O pensamento de Simone de Beauvoir ainda é muito inquietante e desafiador.A mulher de hoje não é mais aquela dos anos 40,mas ainda traz resquícios",comenta Fernanda Montenegro,que interpreta textos de Simone na peça "Viver sem tempos mortos",atualmente em cartaz em São Paulo.
Atenção,meus conterrâneos cariocas e turistas:poderemos vê-la em agosto no espaço Oi Futuro (Rua Dois de Dezembro,63-Flamengo )
A mídia internacional exibe,neste final de semana, fotos de belas mulheres iranianas (como a da já considerada mártir e símbolo Neda Agha Soltan) carregando cartazes com imagens de Simone de Beauvoir( na foto, no Café Aux deux Magots ) e pedindo justiça e igualdade.
Percebam a mensagem subliminar das iranianas da foto abaixo,pedindo o sacratíssimo direito de liberdade de pensamento e ação (aliás...,nem tanto,salta aos olhos o desejo de emancipação) A famosa declaração da escritora francesa : "não se nasce mulher, torna-se mulher", está mais moderna do que nunca
A editora Nova Fronteira relançou "O segundo sexo" e as demais obras da filósofa francesa,como parte das comemorações do aniversário de 60 anos da publicação do livro. Simone trabalhou no jornal de esquerda Libération e na Radio-Vichy, onde produziu programas sobre a música através dos tempos.
Publicou "O segundo sexo", em 1949. Com esta obra tornou -se ícone do movimento feminista, nas décadas de 60 e 70.Traduzido em 40 idiomas os dois tomos venderam - e ainda vendem - milhões de exemplares.
Alguns capítulos que expunham a sexualidade feminina escandalizaram a sociedade tradicional e provocaram polêmicas, discussões e cisões entre a intelectualidade mundial.
Em 1954,Simone recebeu o Prêmio Goncourt (espécie de Nobel literário francês) por "Os mandarins" e se fixou na posição de "autor francês mais lido no Ocidente".
Morreu em Paris, em 14 de abril de 1986.
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