Sartre e Simone de Beauvoir. Um amor coerente.
(11 de junho ,2009) 
 
Ao se conhecerem em 1929, como aluna e mestre na Sorbonne, Simone de Beauvoir e Jean Paul Sartre já haviam trilhado caminhos pioneiros para a época.
Ele quase cego de um olho, rude e anti-social, filósofo formado pela Escola Superior de Paris, 
onde foi aluno não muito brilhante, mas interessado.Foi um seguidor fiel das idéias de Alain - pseudônimo de Émile Chartier (1868/1951) - e  dedicava especial atenção ao direito do ser humano possuir liberdade para pensar e agir. 
Ela, bonita, simpática,elegante e professora de Filosofia que se tornou referência das mudanças no pensamento do século XX,analisou a condição feminina e estudou mitos, religiões e anatomia. Pensou a maternidade, o aborto e a eutanásia.Considerava o casamento uma instituição burguesa preconceituosa e aviltante
Em 1930, coerentes com suas idéias, Sartre e Simone assinaram um contrato de convivência de dois anos, renovável, para balizar seu relacionamento:
Morariam  em separadas, era proibido mentir.
Transparência baseada em confiança deveria permitia amores episódicos que, no entanto, deveriam ser fugazes. 
Suas carreiras continuaram entrelaçadas. Simone colaborou para a revista "Le Temps Moderne" e escreveu, entre outras obras, "O segundo sexo", em 1947. Esta obra tornou-a ícone do movimento feminista, nas décadas de 60 e 70.>
Sempre vivendo da forma como pensava, Sartre foi escolhido para o Nobel de Literatura de 1964, mas recusou-se a receber a honraria. Alegou que ter sua obra julgada e escolhida era uma inadmissível concessão à liberdade de se expressar.
Morreu em Paris (1980), tendo Simone de Beauvoir a seu lado até o fim como foi combinado, desde o princípio.
No texto "A cerimônia do Adeus",publicado após a morte do companheiro, Simone detona, sem dó nem piedade, os dez últimos anos da relação do casal.
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