2390 pessoas executadas em 2008
(26 de março, 2009)
Gostaria de complementar a informação postada ontem,transcrevendo uma notícia que vem direto da editoria do site g1-Portal de notícias da Globo em
http://g1.globo.com.
onde se encontra o vídeo mencionado.Notem a interpretação da segunda alternativa.
Um vídeo da rede de notícias Al-Jazeera afirma que o Irã considera punir com pena de morte os responsáveis por blogs com conteúdo ofensivo. As leis do país autorizam a morte de homens, mulheres e crianças que assassinam outras pessoas e minam a estabilidade e autoridade do Estado -- aberta à interpretação, esta segunda alternativa já puniu pessoas que cometeram estupro, adultério, tiveram relação com droga e comportamento homossexual. De acordo com a Al-Jazeera, o Irã quer expandir a pena para blogueiros.
Em nome da "estabilidade e autoridade do Estado" certamente
virão ,no rabo do foguete, outras
arbitrariedades.
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(25 de março 2009)
A Anistia Internacional publicou, ontem, um relatório a respeito da adoção da pena de morte: “Sentenças de Morte e Execuções em 2008” (Death Sentences and Executions in 2008), contendo um doloroso dado: entre janeiro e dezembro de 2008 pelo menos 2.390 pessoas foram executadas em 25 países no mundo todo e pelo menos 8.864 foram condenados à morte.
A pena de morte é a mais cruel, desumana e degradante forma de punição. Decapitação, eletrocução, enforcamento, injeção letal, fuzilamento e apedrejamento não têm lugar no século XXI”, disse Irene Khan, Secretária-Geral da Amnesty International.
O documento aponta países que aprovaram sentenças de morte após julgamentos injustos, como o Afeganistão Iraque, Nigéria, Arábia Saudita, Sudão e Iêmen e, Irã, O relatório também chama a atenção para a maneira discriminatória com a qual a pena de morte foi frequentemente aplicada em 2008, com um número relevante de sentenças dirigidas contra homossexuais e membros de comunidades raciais, étnicas e religiosas, em países como Sudão, Arábia Saudita e Estados Unidos e Irã.
5 países foram responsáveis por 93% de todas as execuções:China Estados Unidos, Arábia Saudita, Paquistão e Irã.
A propósito do Irã ,que aparece como campeão de audiência nessa lista macabra,outra barbaridade: na prisão Evín, em Teerã, os estudantes Esmail Salmanpour, Majid Tavakkoli, Hossein Torkashvand e Koroush Daneshyar estão presos, sem acusação nem julgamento, desde 5 de fevereiro de 2009. Encontram-se, sob a “guarda” do Ministério de Informação.
A AI teme que sofram tortura ou outros maus-tratos e os considera "prisioneiros de consciência". ****
Em 2006,assinei- como ser humano e mãe de um filho homossexual-a petição da PGLO (sou o número 3225 e junto comigo vieram muitos outros brasileiros) .É uma organização iraniana - que funciona no exílio,edita uma revista em formato PDF e emite um programa de radio semanal (ambos via web).
No texto do abaixo-assinado, a PGLO condena a tortura e execução de homossexuais no Irã, pede apoio internacional e explica que às perseguições são ainda acrescentadas falsas acusações de violência sexual e pedofilia, para “agilizar” o processo da pena de morte.
Os pais e familiares próximos dos condenados passam pelo mesmo "procedimento" quando ousam se negar a assistir o assassinato legalizado dos filhos/entes queridos.
A PLGO pede a todos os ativistas dos direitos humanos,à comunidade internacional, aos simpatizantes da causa e aos amigos e familiares de gays que protestem contra os crimes de ódio assinando seu manifesto. Também informa que os homossexuais iranianos são submetidos a uma repressão extrema e que apenas uma pequena parte da homofobia vigente no país teve exposição na mídia.