quinta-feira, 11 de janeiro de 2024

Madonna 65


 Ela se reinventa,se supera,transcende

 
Cantora, dançarina, coreógrafa, atriz, produtora de filmes e escritora, música,  militante política, sexual e religiosa, ícone fashion. Considerada pelo Livro Guiness de Recordes a mulher/artista mais rica de todos os tempos.

Tudo isso, por enquanto, não é mesmo? Porque nunca se sabe as surpresas que esta camaleoa leonina nos reserva.

 Ela me lembra um cornucópio, que os dicionários definem como “um vaso com flores e frutas que dele extravasam profundamente, antigo símbolo de fertilidade, riqueza e abundância”.

Nesses tempos da pirataria desvairada, a revista americana Forbes divulgou  que a rainha do pop ganhou - entre junho de 2006 e junho de 2007 - 72 milhões de dólares ou 49 milhões de euros, com turnês, venda de CDs e DVDs e de produtos que levam seu nome, acessórios, roupas e 11 livros infantis que já venderam mais de 7 milhões de exemplares.Imagina agora..

 Um trabalho, “Hard Candy”  recebeu  críticas polêmicas, comentários severos, mas, como boa marqueteira, ela vai potencializar as possibilidades. Madonna está em toda parte.
 

A Persona de Madonna

A palavra Persona significa “expressar-se através de uma máscara”.

Máscaras customizadas eram usadas nos primórdios do teatro grego. Cada personagem pré-determinado usava a expressão facial correspondente, usando apenas a voz e o gestual. Algumas máscaras indicavam o destino final do personagem.

O psicanalista Karl Jung usou o termo Persona para definir o modo como nos exibimos na comunicação com o mundo, a forma como somos vistos e como nos vemos perante nossos semelhantes.

Assim uma espécie de ponte a partir do Ego, porque o molde da persona seria baseado na psiquê coletiva. Como uma capa de super herói, a persona é um sistema de defesa.

Jung receou que o Ego consciente poderia se identificar com a máscara supervalorizada, caminhando rápido para se tornar um farrapo da realidade.

Retirada a mascara/persona, a pessoa poderia se tornar um estranho no ninho e, fora dele, refletiria o lado escuro e desconhecido, que o psicanalista denominou “sombra”.

De cantora e baterista de pequena banda desconhecida, Madonna se reinventou como atriz em “Procura-se Susan desesperadamente.” 
Ontem, “Material Girl”, hoje renovada como senhora inglesa respeitável, mãe de famíllia amantíssima, escritora de livros infantis.

E a maior divulgadora da Cabala, atraindo milhões que desejam uma iniciação a cada dia.
Madonna é um fenômeno de intuição e sensibilidade, transcende e consegue transitar por inúmeras personas, saindo de cada uma no momento certo. E do jeito mais raro entre as celebridades - sempre “pra cima”. 
 


“Oh mãe, por que você não está aqui comigo?”
(da composição “Mother and Father”)



Madonna Louise Veronica Ciccone nasceu em 16 de agosto de 1958, em Rochester, Michigan, primeira dos 3 filhos do primeiro casamento do ítalo-americano Sylvio (Tony), engenheiro da Chrysler/General Motors com Madonna Louise Fortin, franco canadense que morreu de câncer no seio em 1964, deixando enorme buraco emocional na menininha de 6 anos incompletos.

Ela falará da mãe em suas composições (Promise to try, Mer Girl et Mother and Father).
Elsie Fortin, avó materna, tentou suprir a falta e as duas se tornaram muito próximas.
A educação formal da popstar foi na West Junior High School e na Adams High School ambas em Rochester. Em seguida, na Escola de Dança da Universidade de Michigan, em East Lansing, onde, ao se especializar em dança contemporânea deixou o curso no meio do caminho, causando sérios problemas de relacionamento com o pai.

Será que vou ser uma estrela? (da composição“American Life’)


Aos 19 anos, descontente com o rumo de sua vida, Madonna foi morar em Nova York.
Pela primeira vez deixou Michigan, pela primeira vez fez uma viagem de avião com a cara, a coragem e 36 dólares na bolsa.

Fez parte da equipe de bailarinos de Patrick Hernandez (do hit "Born To Be Alive"). Aprendeu a tocar bateria, fez curso de coreografia com Alvin Ailey e de modelo fotográfico, chegando a posar nua.

Freqüentou a The Factory - agência e estúdio de Andy Warhol - onde conheceu Jean Basquiat, que ficou encantado com a jovem candidata ao estrelato. Basquiat, grafiteiro sempre ligado à musica, que estava presente no seu ambiente de trabalho como pano de fundo, formou uma banda, que teve vida curta mas incrementou o ecletismo de Madonna, que ali mesmo decidiu ser cantora.
A carreira de cantora começou super bem. Em 1983, gravou o primeiro single -”Everybody” - que tocava sem parar nas baladas novaiorquinas. Depois, "Borderline" e "Lucky Star" firmaram o sucesso, tornado-a a queridinha da mídia.
 


Like a Virgin



O álbum que a consagrou e a tornou ícone, é considerado uma das mais importantes produções da década de 80 e também deve constar com destaque  nessa nossa pequena biografia. A fama internacional veio em 1985 com o sucesso de Like a Virgin e os dois hits ali encontrados: "Material Girl" e "Crazy For You”. Eles alavancaram a carreira de atriz. “Procura-se Susan Desesperadamente", foi a primeira aparição no cinema.

O terceiro trabalho, True Blue, saiu em 1986 e vendeu mais de 5 milhões de cópias só nos Estados Unidos. Nem o insucesso do segundo filme “Shangai Surprise” abalou a imagem de Madonna. 
O mais importante foi receber o respeito da crítica sobre seu ecletismo.
  • O casamento com o ator Sean Penn entre 1985/1989 extinguiu-se entre tapas e beijos e em meio a alguns barracos públicos.

  • Em 1990, cumpriu a enorme turnê Blonde Ambition Tour e lançou a música "Vogue", popularizando nova coreografia nos clubes noturnos. 
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  • A atuação em Dick Tracy (ao lado de Warren Beaty) e a coletânea “The Immaculate Collection” consolidaram dez anos de sucesso.
  • Madonna voltou às paradas em 1992, com o single "This Used To Be My Playground". No final daquele ano, mais uma explosão na mídia - o álbum “Erotica”, acompanhado do polêmico livro de capa prateada “Sex”, chiquérrimo, repleto de fotos de conteúdo erótico, disputado a tapa (gente, eu ganhei um da divulgação!)


Evita, agenda afetiva e planos


Ninguém melhor para exemplificar a Persona de Jung que Evita Perón.

Madonna deve ter estudado bastante a iconografia do Justicialismo peronista.
Porque praticamente encarnou a Evita mãe dos pobres e padroeira da nação irmã, no filme ambientado nos anos 50.

Ganhou um Globo de Ouro pela interpretação da trilha do fime e engravidou de Lourdes Maria (Lola), filha de seu ex personal trainer Carlos Leon (a menina nasceu em 1996).

A antiga agenda afetiva, esquecida no tempo, que continha nomes como Andy Byrd (ator e diretor), Dennis Rodman(jogador de basquete); John Enos (ator) e Warren Beaty (ator) foi deletada.

Um hiato de 4 anos e lá vem ela com mais novidades de eletrônica, techno e trip-hop (no album Music) e com a notícia da segunda gravidez.
Madonna e Guy Ritchie, pai de Rocco, quando casados   David Banda, nascido no Malauí e órfão de mãe.

 Dirigiu um filme sobre o romance entre os Duques de Windsor.
 Ganhou dezenas de troféus e todos os símbolos do sucesso no mundo das artes, todo o dinheiro que desejou, está imortalizada em Museu de Cera, trocou o nome para Esther quando mergulhou na Cabala e sua polivalência, com certeza, ainda vai percorrer longas avenidas.

Madonna é também uma antiga palavra italiana usada como forma respeitosa de se dirigir a uma dama.
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