quarta-feira, 2 de novembro de 2022

Desidrose. As lágrimas que não são choradas

 Dois comentários recentes dirigidos a este post de tempos atrás,praticamente me obrigam a lhes contar que passei por essa situação durante 4 anos.

(Obrigada `as leitoras Pastora Reijane e sra.Heilane)
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Assumi total responsabilidade no cuidado de minha sogra, que ficou em estado terminal durante esses quatro anos (sim,4 anos em estado terminal).

Meu marido, filho único e sempre viajando a trabalho, me deu carta branca e a liberdade-em qualquer nível-para tomar decisões.
O medo de fazer algo errado era imenso e, como decidi que ela permaneceria em casa e com auxílio de 3 cuidadoras, vivenciar aquela situação era como administrar uma microempresa já falida ao ser inaugurada,com a vida real seguindo seu curso.
Além da desidrose, tive uma dermatite atípica horrível,transformando o lado esquerdo de meu rosto em algo muito desagradável de se ver.
Todos os médicos consultados me asseguraram que terminada a causa do estresse, a desidrose desapareceria e a lesão na face também.
E assim foi.
Espero, com este depoimento, ajudar os que,temporariamente, padecem desse problema.
Problema além de tudo bandeiroso....porque mostra o quanto você está sofrendo calado (a) e sem poder contar com a benfazeja ajuda das lágrimas.
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As lágrimas que não são choradas

O termo disidrose (dis=defeito e hidrose=produção de água ou suor)ou desidrose foi usado pela primeira vez em 1873, pelo dermatologista Dr. William Tilbury Fox''' (1836-1879)porque ,na época, acreditava-se que a doença era causada por distúrbios sudoríparos.

Em plena era vitoriana, os britânicos se vestiram de preto, um luto extremo para acompanhar a dor de sua rainha que perdera o amado Principe Albert.
Mulheres e crianças também usaram preto durante anos, e mostrar sofrimento era praticamente proibido, considerado falta de pudor,de compostura .
As regras sociais eram rígidas,os padrões morais inclementes.
Em 1876,Sir Jonathan Hutchinson (1828-1913), igualmente dermatologista,atribuiu a patologia a fatores nervosos e modificou o nome para Phompholix. Pela primeira vez,uma afecção de pele era associada à emoção.
A desidrose-ou eczema desidrótico palmo-plantar-é uma doença bastante comum,tem um curso bem definido e pode recidivar.
O sites informativos sobre medicina comentam que o povo atribui à desidrose as mais diversas causas: uso de álcool,problemas renais ou aumento do ácido úrico.
Mas apenas um dermatologista pode analisar o fator que detonou o problema.
A pele dos pés e das mãos se torna áspera,seca,avermelhada e tão sensível que dependendo da atividade do paciente e de como usa as mãos em seu dia- a- dia,tende a rachar e sangrar.
Para prevenir a descamação, é recomendado o uso de luvas protetoras e diminuição da lavagem das áreas afetadas, substituindo-a pela aplicação de hidratantes.
É o paciente que ,geralmente,se auto diagnostica,mas uma visita ao médico esclarecerá o tipo de escamação e o tratamento adequado.
O eczema cutâneo recorrente deve ser acompanhado por um especialista que recomendará (ou não) uso de cremes de corticosteróide tópico a longo prazo, como a hidrocortisona, betametasona ou triamcinolona
As lesões abertas e purulentas, por causas bacterianas, podem ocorrer e-da mesma forma-devem ser examinadas por médicos.
Após o tratamento e a cura, o passo seguinte é manter a pele bem hidratada. *********************************************************

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a seguir: Dr Ernesto Guevara de la Serna

                  Médico humanitário E guerrilheiro CONTINUA    

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