Sessenta anos da renúncia de Jânio Quadros

"uma foto vale mais que mil palavras"

 

 

 3 de outubro de 1960-Jânio Quadros recebeu cinco milhões e seiscentos mil votos, maior votação até aquele momento no país, vencendo o marechal Henrique Lott   por mais de dois milhões de votos.O mandato seria de 1961 a 1965,pela coligação 

  PTN-PDC-UDN-PR-PL .

O vice eleito foi João Belchior Marques Goulart,oJango, do PTB.O voto era desvinculado, o eleitor votava para presidente e vice separadamente.

Começou a era,até então,mais surreal da política brasileira.Assim como fazia quando Governador de São Paulo ( 1955-1958),Jânio passou a bombardear seus acessores, secretários, prefeitos e mesmo as Forças Armadas com os famosos  bihetinhos.

Um  livro de J. Pereira, Bilhetinhos de Jânio (Editora Musa, 1959),mostra a variedade dessas papeletas, como.Jânio as chamava.  Se no governo do estado se preocupava com compra de onças para o Jardim Zoológico, quando Presidente passou a legislar sobre uso de biquini, rinha de galos, corridas de cavalo à noite,etc.

Vetou participação de menores de 18 anos em programas de rádio e televisão,proibiu  lança-perfume e a censurou o uso de traje de banho nos concursos de beleza.

E o que dizer do uniforme de trabalho que a imprensa chamava de     “pijânio” ?  O presidente propôs um uniforme  para o funcionalismo público:  slacks e um blusão bege com quatro bolsos e cinto.

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 Jingle de campanha, vassoura como símbolo para limpar a "bandalheira"

https://www.letras.mus.br/jingles/1540660/

Programa de governo

 Piração à parte, até havia um programa de governo, visando  política externa independente perante a "guerra fria'  EUA-URSS . 

"O governo que durou seis meses e é considerado pelos historiadores como  confuso, que tomou decisões erradas e que contribuiu para lançar o país em um grande crise política. A pouca preocupação de Jânio com questões políticas e partidárias fez ainda com que ele entrasse em choque com o próprio partido que o havia lançado como candidato (UDN).

Nas questões relacionadas à economia, o grande foco de Jânio Quadros era o combate à inflação. Para isso, iniciou um plano econômico de austeridade que previa redução de gastos e impôs algumas medidas bastante impopulares. Primeiro, o governo desvalorizou a moeda nacional em relação ao dólar em 100% e, em seguida, retirou subsídios ao petróleo e ao trigo.(Texto acima : site "História do Mundo')

Jânio condecora Che Guevara

 A crise

Com sua habitual  postura polêmica, em 19 de agosto. de 1951, em plena Guerra Fria,homem de direita e anticomunista, condecorou Ernesto Che Guevara com a medalha da Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul. 

Parece que o motivo “oficial” era  agradecimento por Guevara ter atendido a seu pedido, libertando   sacerdotes presos em Cuba, que estavam condenados ao fuzilamento.

Uma semana depois, Quadros renunciou ao cargo de presidente da República,alegando.pressão de "forças terríveis" ( ou "forças ocultas")que o obrigavam a renunciar, forças que nunca chegou a identificar. 

Com sua renúncia abriu-se uma crise institucional seríssima, pois os ministros militares vetavam o nome de Goulart, que se encontrava em visita à China.

Foi a semeadura da pequena semente que floresceu,três anos depois, como o tenebroso tempo da ditadura, após o golpe militar de 31 de março de 1964 (ou melhor, de 1º de abril).

Jânio ainda prosseguiu na política e foi eleito prefeito de São Paulo em 1985,tomando posse em 1 de janeiro de 1986.

 Foi o seu último mandato.

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Jânio da Silva Quadros  foi um advogado, professor e político brasileiro. Prefeito e governador de São Paulo nos anos 1950.   Vigésimo segundo presidente do Brasil, entre 31 de janeiro de 1961 e 25 de agosto de 1961, data em que renunciou

* 25 de janeiro de 1917, Campo Grande, Mato Grosso do Sul

+ 16 de fevereiro de 1992, São Paulo, SP 

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