Nataniel dos
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O Noel Rosa paulista
João Rubinato era um dos sete filhos de Ferdinando e Emma Rubinato, imigrantes italianos da localidade de de Cavarzere,província de Veneza.Dizem os biógrafos que aos dez anos a certidão de nascimento foi adulterada para que o menino pudesse trabalhar para ajudar a família.
Ele trabalhava e logo deixou a escola porque -além de não gostar mesmo,a situação financeira dos famíiares era caótica e tinham alma nômade.Moraram em Valinhos, Jundiaí,Santo André e, por fim, se fixaram em São Paulo.
Em 1924, os Rubinato foram para Santo André, onde João foi tecelão, pintor, encanador, serralheiro e servia as visitas como garçon, na casa do então Ministro da Guerra Pandiá Calógeras.
Em São Paulo tentou ser metalúrgico, mas seus pulmões ficaram afetados pelo pó do ferro esmerilhado,semente do enfisema pulmonar que o matou.
Mas o Brasil vivia a era do rádio,João Rubinato tinha boa voz e resolveu participar de um programa de calouros com o peseudônimo de Adoniran Barbosa – nome tirado de Adoniram um companheiro de boêmia e Luiz Barbosa um cantor de sambas.
Surge o heterônimo
Quando investiu na carreira de compositor,João Robinato gravou em vinil "Dona Boa",mas o sucesso não veio.
A linguagem popular paulistana é o meio que divulga a mensagem: o discurso de Adoniran formata um painel sócioantropológico incrível e ainda atual da cidadania brasileira.
São as malocas (favelas em carioquês),os favelados despejados engraxates,mulheres abandonadas,mulheres que abandonam o lar, a atropelada Iracema que atravessou na contramão, a solidão dos músicos, dos compositores e intérpretes e arranjadores, dos artistas plásticos, todos ainda hoje considerados outsiders.
O primeiro casamento não foi bem sucedido mas lhe deu uma bela filha,Maria Helena, de sensível coração-criada no Rio pelos tios.
Matilde,sábia mulher, entendeu e até incentivou a boemia e trabalhava fora para ajudar nos momentos de falta de grana.Sem impedimentos, com o habeas corpus da companheira, Adoniran viveu para os botecos, a boemia e... para Matilde.
O preconceito era forte: de um lado meus conterrâneos cariocas teimavam em não aceitar o aposto "Noel Rosa paulista",por conta dos propositais erros de gramática e concordância.
Últimos tempos
Discografia ( a fonte? Wikipedia portuguesa,com certeza)
- 1951 - "Os mimosos colibris/Saudade da maloca" (78 rpm)
- 1952 - "Samba do Arnesto/Conselho de mulher" (78 rpm)
- 1955 - "Saudosa maloca/Samba do Arnesto" (78 rpm)
- 1958 - "Pra que chorar" (78 rpm)
- 1958 - "Pafunça/Nois não os bleque tais" (78 rpm)
- S/D - "Aqui Gerarda!/Juro, amor!" (78 rpm)
- 1972 - "A Música Brasileira Deste Século -Adoniran Barbosa"
- 1974 - "Adoniran Barbosa"
- 1975 - "Adoniran Barbosa"
- 1979 - "Seu Último Show" (Ao Vivo)
- 1980 - "Adoniran Barbosa e Convidados"
- 1984 - "Documento Inédito"
- 2003 - "2 LPs em 1" (Re-lançamento dos LPs de 1974 e 1975)
[editar]Coletâneas
- 1990 - "O Poeta do Bexiga" (Com interpretes de suas músicas)
- 1996 - "MPB Compositores: Adoniran Barbosa" (Com participações e interpretes de suas músicas)
- 1999 - "Meus Momentos: Adoniran Barbosa"
- 1999 - "Raízes do Samba: Adoniran Barbosa"
- 2001 - "Para Sempre: Adoniran Barbosa"
- 2002 - "Identidade: Adoniran Barbosa"
- 2004 - "O Talento de: Adoniran Barbosa" (Com participações especiais)
Principais composições
- Malvina, 1951
- Saudosa maloca, 1951
- Joga a chave, 1952
- Samba do Arnesto, 1953
- As mariposas, 1955
- Iracema, Adoniran Barbosa, 1956
- Apaga o fogo Mané, 1956
- Bom-dia tristeza, 1958
- Abrigo de vagabundo, 1959
- No morro da Casa Verde, 1959
- Prova de carinho, 1960
- Tiro ao Álvaro, 1960
- Luz da light, 1964
- Trem das onze, 1964
- Trem das Onze com Demônios da Garoa, 1964
- Aguenta a mão, 1965
- Samba italiano, 1965
- Tocar na banda, 1965
- Pafunça, 1965
- O casamento do Moacir, 1967
- Mulher, patrão e cachaça, 1968
- Vila Esperança, 1968
- Despejo na favela, 1969
- Fica mais um pouco, amor, 1975
- Acende o candeeiro, 1972
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