terça-feira, 18 de agosto de 2020

Minissérie "O Anjo de Hamburgo", campo de concentração Neuengamme e seus 55 mil mortos, o Holocausto e emoções pessoais

           
                                        Campo de Neuengamme hoje


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Texto abaixo adaptado do site meiahora.com.br
"As gravações de "O Anjo de Hamburgo" já começaram em território internacional. A primeira série em inglês da Globo, em parceria com a Sony Pictures Television (SPT), contará a história de Aracy de Carvalho, uma brasileira que arriscou a própria vida para salvar a de famílias judias na Alemanha, durante a 2ª Guerra Mundial. Uma história de amor pela humanidade que venceu o ódio.  
 Aracy ,mais conhecida no Brasil como a esposa do escritorGuimarães Rosa, foi uma mulher corajosa e destemida: essa heroína brasileira, inconformada com o regime nazista terá, pela primeira vez, sua história retratada em uma série. 
Então funcionária do Consulado Brasileiro na Alemanha,encarregada da seção de passaportes, livrou da morte centenas de famílias de judeus que precisavam fugir da guerra. O  Brasil, na época,assim como outros países, impunha regras rígidas para a imigração de judeus; regras que Aracy fazia o impossível para contornar e garantir a segurança de pessoas que ela sequer conhecia."
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O Campo



Em 13 de dezembro de 1938, a 15 km do centro de Hamburgo,foi criado pelo Terceiro Reich o Campo de .Concentração de Neuengamme, como uma espécie de anexo  do campo de Sachsenhausen e depois, em 1940, seus 213 mill metros quadrados abrigaram um campo de trabalho independente.  

Em 2 de maio de 1945, as SS abandonaram o local.  

O campo foi libertado em 4 de maio, dois dias depois, pelas tropas britânicas. 

Das 106.000 pessoas enviadas para lá, 55.000 morreram (52%).

Nestes seis  anos e meio, crueldades inenarráveis aconteceram.
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Mortos no Holocausto

Grupo

Número de Mortes

Judeus

6 milhões

Civis soviéticos

Cerca de 7 milhões (incluíndo os civis judeus soviéticos que já estão incluídos na estimativa acima para os judeus)

Prisioneiros-de-guerra soviéticos

Cerca de 3 milhões (incluíndo cerca de 50 mil soldados judeus) 

Civis poloneses não-judeus 

Cerca de 1.8 milhões (dentre eles de 50 mil a 100 mil membros da elite polonesa) 

Civis sérvios (no território da Croácia, Bósnia e Herzegovina) 

312.000

Pessoas com deficiências que viviam em instituições para lá serem cuidadas 

Até 250.000

Roma (Ciganos)

Até 250.000

Testemunhas de Jeová

Cerca de 1.900

Criminosos reincidentes e aqueles denominados como anti-sociais 

Pelo menos 70.000

Alemães oponentes políticos e ativistas dos movimentos de resistência dentro dos territórios ocupados pelos países do Eixo 

Número indeterminado

Homossexuais

Centenas, possivelmente milhares (presumivelmente agregados de forma parcial dentre os criminosos reincidentes e aqueles denominados como anti-sociais, acima mencionados)

(fonte : MUSEU DO HOLOCAUSTO)

A atitude de Aracy Guimarães Rosa, o Anjo de Hamburgo, mais se engrandece quando a gente  toma conhecimento destes dados .

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Pausei por alguns dias, enquanto procurava registros na internet que ilustrassem meu texto.
Pensei mesmo em postar aqui os 
vídeos realizados pelas tropas americanas que libertaram os sobreviventes, onde colocaria a observação CENAS FORTÍSSIMAS.

Mas não achei justo chocar meus leitores, pois é preciso estômago forte.São cenas verdaderamente horripilantes.

Minha família paterna foi dizimada nos campos, a avó paterna que esteve no campo Theresienstad (atual República Tcheca) sobreviveu trazendo no corpo e na alma as marcas das torturas e, no pulso, o número de identificação, como se faz com gado.

Como compromisso de vida,me proponho ajudar a jamais deixar que aqueles horrores se repitam,usando os meios de que disponho e honrando a cidadania alemã que recebi por direito. 

Nasci filha de judeu residente no Brasil,na condição de refugiado e apátrida,expulso do Exército Alemão por questões raciais, durante a 2a guerra mundial.

Aqueles que  desejarem assistir aos vídeos,por favor, procurem no Google  as palavras-chave < campos de concentração nazistas>

   
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 " Arbeit macht frei / O trabalho liberta", é a expressão conhecida por ter sido colocada nas entradas de vários campos de extermínio  do regime nazista .Cruel ironia
 


 
 

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