Fordlândia |
Em 30 de setembro de 1927,a Assembléia Legislativa do estado do Pará concedeu ao empresário norte-americano Henry Ford,através da filial brasileira de sua companhia, a Ford Industrial do Brasil uma gleba de terra com área de 14.568 km2( do tamanho aproximado do estado americano de Connecticut) próximo a cidade de Santarém,às margens do Rio Tapajós. O governador do Pará que teve a iniciativa da concessão,na época, era Dionísio Bentes
Henry Ford |
Henry Ford tinha a intenção de usar sua propriedade brasileira como fornecedora de látex para a confecção de pneus para a linha de montagem da empresa, suprida pelo produto vindo da Malásia,então colônia inglesa.
Os termos da concessão eram, no mínimo,mais do que "de pai para filho": a Companhia Ford estava isenta de do pagamento de qualquer taxa de exportação de borracha, látex, pele, couro, petróleo, sementes, madeira ou qualquer outro bem ali produzido.
Jorge Dumont Villares, representante do governador Dionísio Bentes,conduziu todo o processo do lado brasileiro e visitou o poderoso chefão nos Estados Unidos.
Os representantes da Ford, para receber e explorar a gleba , foram O. Z. Ide e W. L. Reeves Blakeley. A terra era não era fértil e os representantes de Henry Ford não tinham experiência em agricultura equatorial.
As seringueiras foram plantadas muito próximas, enquanto as nativas eram separadas por bastante espaço.
Subverter o ecossistema facilitou a propagação de microorganismos do gênero Microcyclus que dizimaram as plantações.
pavimentadas,iluminação,hidrantes,água encanada.hospitais,cinemas e psicinas existiu por quase vinte anos.
Primeiro na vila que recebeu o nome de Fordlândia e,depois, em outra a 100 quilômetros distante dela-Belterra- com famílias completas,escolas e clube e um código moral severo.
Os colonos deveriam usar crachá e gostar de hamburgers, o que soava meio estranho em meio `a floresta exuberante que os cercava.
O sonho acabou
Em 1930, os trabalhadores locais se revoltaram contra gerentes agressivos e se esconderam na floresta, até que o exército brasileiro interveio.
O novo governo brasileiro que não via com bons olhos os investimentos estrangeiros, nenhuma ajuda ofereceu.
Ford ainda tentou reproduzir o projeto em em Belterra, mas novas tecnologias a partir de derivados de petróleo tornaram o empreendimento obsoleto.
O prejuízo foi estimado em cerca de vinte milhões de dólares.
A partir de 1945, novas tecnologias permitiam fabricar pneus a partir de derivados de petróleo, o que tornou o empreendimento um total desastre, causando ao empresário prejuízos de mais de vinte milhões de dólares.
Morto Henry Ford , seu neto e executivo geral da empresa nos Estados Unidos-Henry Ford II,resolveu encerrar o projeto de plantação de seringueiras no Brasil.
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"Pelo Decreto 8.440 de 24 de dezembro de 1945, o governo brasileiro indenizou a Ford em aproximadamente US$ 250.000,assumiu as obrigações trabalhistas dos trabalhadores recebeu seis escolas (quatro em Belterra e duas em Fordlândia); dois hospitais; estações de captação, tratamento e distribuição de água nas duas cidades; usinas de força; mais de 70 quilômetros de estradas; dois portos fluviais; estação de rádio e telefonia; duas mil casas para trabalhadores; trinta galpões; centros de análise de doenças e autópsias; duas unidades de beneficiamento de látex; vilas de casas para a administração; departamento de pesquisa e análise de solo; plantação de 1.900.000 seringueiras em Fordlândia e 3.200.000 em Belterra " (Fonte deste período do texto em cor vermelha: Wikipedia Portugal)
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A Editora Rocco lançou em 2010 FORDLÂNDIA -Ascensão e queda da cidade esquecida de Henry Ford na selva
Tradução:Nivaldo Montingelli Jr.
Páginas:400 Preço : R$ 56,00
O site amazon.com,líder de vendas na internet, considerou " A ascensão e a queda da cidade perdida na selva de Henry Ford", um dos cem melhores livros publicados em 2009.
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