Aqui no link abaixo,Janaína, filha de Leila, recria o fato.
Incrível a semelhança, a voz.
Considerada um marco do jornalismo brasileiro, a entrevista chocou o público
e
gerou uma lei de censura prévia do conteúdo nos jornais.
Série do Canal Brasil resgatou produção de textos transgressores.
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“Cafuné na cabeça, malandro, eu quero até de macaco”
Qualquer mulher grávida que usa biquini ou exibe seu barrigão abaixo de um top
está repetindo, talvez sem saber, o gesto audacioso – para a época - de
Leila Diniz em outubro de 1971, quando se deixou fotografar no oitavo
mês da gravidez na praia de Ipanema, Foi perseguida por expor suas
idéias em entrevista ao semanário “O Pasquim”, em 1969. O episódio que
rendeu para o Brasil um decreto que exigia a censura prévia de qualquer
texto antes da publicação (“Decreto Leila Diniz”).
Leila Roque Diniz nasceu em Niterói, em 25/3/1945. Quando tinha sete meses os
pais se separaram e foi viver com os avós paternos e, logo depois, com o
pai e a madrasta.
Professora de maternal e jardim de infância,
casou-se aos 17 com o diretor Domingos de Oliveira. Dirigida pelo
marido. tem sua 1a experiência como atriz na peça infantil “Em busca do
tesouro”.
No ano seguinte, foi vedete em show de Carlos Machado, top de linha em se
tratando de prestígio. 1965 marcou o final do casamento e o início da
carreira na TV Globo. Leila iniciou com pequenos papéis e estrelou 12
novelas. Foi garota propaganda de Coca Cola, sabonetes e creme dental.
Começou no cinema em “O Mundo Alegre de Helô”, dirigido por Carlos
Alberto de Souza Barros. Atuou, também, em “Jogo Perigoso”, do diretor
Luiz Alcoriza, com roteiro de Luis Buñuel.
Entre papéis de protagonista, coadjuvante e participacões especiais foi, no
entanto, com o filme “Todas as Mulheres do Mundo” que Leila Diniz se
projetou como atriz e personalidade. Em 1968, Leila vai à Alemanha
representar “Fome de Amor”, de Nelson Pereira dos Santos, no Festival de
Berlim. Alegando razões morais, após a reportagem histórica de “O
Pasquim”, a TV Globo não renovou contrato com a atriz, que, então,
recebe o apoio do apresentador de TV Flávio Cavalcanti - torna-se “
jurada” do programa e passa a morar no sítio de Flavio.
Retomando a carreira de vedete protagoniza “Tem Banana na banda” com
textos de Millôr Fernandes, Luiz Carlos Maciel, José Wilker e Oduvaldo
Viana Filho. Ganha o concurso de Rainha das Vedetes, recebendo o título
das mãos de Virgínia Lane. Também é eleita Madrinha da Banda de Ipanema.
Em
1971, protagoniza “Mãos Vazias”, primeiro filme de Luiz Carlos
Lacerda, Nos primeiros meses deste mesmo ano, é eleita “a grávida do
ano” no programa do Chacrinha
Apesar do clima de descontração, Leila preparou-se com a maior seriedade
para seu novo papel na vida, dedicando-se integralmente ao bebê –
fruto de sua relação com o cineasta Ruy Guerra - que nasceu em novembro,
Em junho, viaja para representar “Mãos Vazias” no Festival de Cinema da
Austrália.
Com
saudades da filha, antecipa a viagem de volta. No dia 14 de Julho de
1972, o avião da Japan Airlines em que viajava explodiu no ar, quando
sobrevoava Nova Délhi, na Índia. Leila, que amava a vida, a liberdade e
o mar, que homenageou dando à filha o nome de Janaína (a rainha dos
mares).
Corajosa
e pioneira, despertou nas mulheres uma nova postura em relação ao
corpo, tornando a gravidez coisa saudável e bela de ser vista.
Foi o maior símbolo sexual de sua época e, chocando a falsa moral
burguesa, quebrou todos os tabus da repressão e cinismo ao dizer,
entre os incontáveis palavrões da entrevista proibida, essas pérolas
comoventes de sinceridade: “Trepo de manhã, de tarde e de noite” e “Você
pode amar uma pessoa e trepar com outra, não tem nada a ver, já
aconteceu comigo”.
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A mais bela homenagem
Leila Diniz,hoje, é nome de maternidade municipal na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, anexa ao Hospital Lourenço Jorge, com 6 .320 metros quadrados construídos
Tem banco de leite, centro de atendimento pediátrico para serviços ambulatoriais e cirúrgicos.centro de parto, salas para atendimento de pré-parto, parto e pós-parto ,59 leitos, sendo 40 leitos obstétricos e quatro de enfermaria canguru (com a companhia permanente da mãe). A unidade intermediária neonatal possui cinco espaços de tratamento intensivo e a meta é realizar 600 partos por mês.
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“Cafuné na cabeça, malandro, eu quero até de macaco”
Qualquer mulher grávida que usa biquini ou exibe seu barrigão abaixo de um top
está repetindo, talvez sem saber, o gesto audacioso – para a época - de
Leila Diniz em outubro de 1971, quando se deixou fotografar no oitavo
mês da gravidez na praia de Ipanema, Foi perseguida por expor suas
idéias em entrevista ao semanário “O Pasquim”, em 1969. O episódio que
rendeu para o Brasil um decreto que exigia a censura prévia de qualquer
texto antes da publicação (“Decreto Leila Diniz”).
Leila Roque Diniz nasceu em Niterói, em 25/3/1945. Quando tinha sete meses os
pais se separaram e foi viver com os avós paternos e, logo depois, com o
pai e a madrasta.
Professora de maternal e jardim de infância,
casou-se aos 17 com o diretor Domingos de Oliveira. Dirigida pelo
marido. tem sua 1a experiência como atriz na peça infantil “Em busca do
tesouro”.
No ano seguinte, foi vedete em show de Carlos Machado, top de linha em se
tratando de prestígio. 1965 marcou o final do casamento e o início da
carreira na TV Globo. Leila iniciou com pequenos papéis e estrelou 12
novelas. Foi garota propaganda de Coca Cola, sabonetes e creme dental.
Começou no cinema em “O Mundo Alegre de Helô”, dirigido por Carlos
Alberto de Souza Barros. Atuou, também, em “Jogo Perigoso”, do diretor
Luiz Alcoriza, com roteiro de Luis Buñuel.
Entre papéis de protagonista, coadjuvante e participacões especiais foi, no
entanto, com o filme “Todas as Mulheres do Mundo” que Leila Diniz se
projetou como atriz e personalidade. Em 1968, Leila vai à Alemanha
representar “Fome de Amor”, de Nelson Pereira dos Santos, no Festival de
Berlim. Alegando razões morais, após a reportagem histórica de “O
Pasquim”, a TV Globo não renovou contrato com a atriz, que, então,
recebe o apoio do apresentador de TV Flávio Cavalcanti - torna-se “
jurada” do programa e passa a morar no sítio de Flavio.
Retomando a carreira de vedete protagoniza “Tem Banana na banda” com
textos de Millôr Fernandes, Luiz Carlos Maciel, José Wilker e Oduvaldo
Viana Filho. Ganha o concurso de Rainha das Vedetes, recebendo o título
das mãos de Virgínia Lane. Também é eleita Madrinha da Banda de Ipanema.
Em
1971, protagoniza “Mãos Vazias”, primeiro filme de Luiz Carlos
Lacerda, Nos primeiros meses deste mesmo ano, é eleita “a grávida do
ano” no programa do Chacrinha
Apesar do clima de descontração, Leila preparou-se com a maior seriedade
para seu novo papel na vida, dedicando-se integralmente ao bebê –
fruto de sua relação com o cineasta Ruy Guerra - que nasceu em novembro,
Em junho, viaja para representar “Mãos Vazias” no Festival de Cinema da
Austrália.
Com
saudades da filha, antecipa a viagem de volta. No dia 14 de Julho de
1972, o avião da Japan Airlines em que viajava explodiu no ar, quando
sobrevoava Nova Délhi, na Índia. Leila, que amava a vida, a liberdade e
o mar, que homenageou dando à filha o nome de Janaína (a rainha dos
mares).
Corajosa
e pioneira, despertou nas mulheres uma nova postura em relação ao
corpo, tornando a gravidez coisa saudável e bela de ser vista.
Foi o maior símbolo sexual de sua época e, chocando a falsa moral
burguesa, quebrou todos os tabus da repressão e cinismo ao dizer,
entre os incontáveis palavrões da entrevista proibida, essas pérolas
comoventes de sinceridade: “Trepo de manhã, de tarde e de noite” e “Você
pode amar uma pessoa e trepar com outra, não tem nada a ver, já
aconteceu comigo”.
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A mais bela homenagem
Leila Diniz,hoje, é nome de maternidade municipal na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, anexa ao Hospital Lourenço Jorge, com 6 .320 metros quadrados construídos
Tem banco de leite, centro de atendimento pediátrico para serviços ambulatoriais e cirúrgicos.centro de parto, salas para atendimento de pré-parto, parto e pós-parto ,59 leitos, sendo 40 leitos obstétricos e quatro de enfermaria canguru (com a companhia permanente da mãe). A unidade intermediária neonatal possui cinco espaços de tratamento intensivo e a meta é realizar 600 partos por mês.
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