sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Irineu Evangelista de Sousa, Barão e Visconde de Mauá


Tudo teve, tudo perdeu

 

                                                            


   O eikebatista do século 19 


 (1813-1889)

Multiempreendedor,industrial,banqueiro e político brasileiro que contribuiu para o desenvolvimento do país.
Nascido em Arroio Grande, interior do Rio Grade do Sul, numa família de pequenos agricultores tornou-se um dos homens mais rico do mundo no século 19,chamado "o Rotschild da América do Sul" pelo jornal New York Times em 1871.

Algumas biografias de Mauá pontuam o fato dele ter sido educado segundo os princípios da chamada "Escola Inglesa", que privilegiava os valores culturais, a igualdade racial,condenava a injustiça econômica e  exaltava a soberania dos Estados.

  
Com  a morte do pai, veio para o Rio de Janeiro na companhia de 
um tio, oficial da Marinha Mercante. 
Aos 11 anos de idade era  balconista em uma loja de tecidos e aos17 começou a trabalhar na firma de importação  do escocês Richard Carruthers.

Aprendeu inglês,contabilidade e os segredos da profissão,aos 23 anos já gerente,logo depois se transformou em sócio da empresa e ingressou na maçonaria. 


Os ideais de liberdade,igualdade e fraternidade da  então sociedade secreta tiveram grande importância nas atitudes do futuro nobre.

  
Choque cultural

Em 1840,na volta da primeira viagem à Inglaterra, que era o centro do mundo civilizado e onde oocorria a primeira fase da Revolução Industrial,Irineu estava convicto que- obrigatoriamente- deveríamos entrar na era da industrialização. 

Mas vivíamos outra realidade:entre os anos de 1831 e 1840, o Brasil foi governado por regentes.
Em 1840,  aconteceu o Golpe da Maioridade e  D.Pedro II assumiu o trono com apenas 14 anos de idade.
Seguiram-se a Revolução Liberal em Minas e São Paulo,foi instituído o parlamentarismo, a revolução Praieira em Pernambuco e ,finalmente, em 1850,a   Lei Eusébio de Queiróz que proibia o tráfico de escravos.

Quando Carruthers  voltou para o Reino Unido em 1839, Irineu assumiu os negócios da empresa e comprou uma chácara em Santa Teresa onde passou a morar .



Nesta ocasião, o governo brasileiro impôs algumas  na área aduaneira para favorecer o desenvolvimento de uma indústria naciona,Irineu comprou um estaleiro em Ponta da Areia,na baía de Guanabara e,em 1846,criou uma empresa de construção naval,das primeiras do continente sul-americano.

Honrarias e investimentos 



Em 1854 recebeu o título de Barão, reconhecimento pelas imensas plantações de café e construção das muitas estradas de ferro.


Aprimeira delas, que levava seu nome foi inaugurada em 30 de abril de 1854,ligando o porto de Mauá a Fragoso,na Raiz da Serra da Estrela e foi a origem da Sãoi Paulo Railwy, que entrou em circulação em 1867 construída com capital inglês para facilitar  a exportação  de café naquele estado-em plena expansão-pelo porto de Santos. 
 Obteve  o monopólio do transporte marítimo `a vapor para a Europa e no Rio Amazonas.

Estes investimentos colaboraram para que o desenvolvimento econômico do Brasil se tornasse sugestivo.
F
undou também  o primeiro banco da história do Uruguai : " O Banco Mauá Y Cia"

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Entre outros investimentos que realizou  destacam-se :


(Fonte Wikipedia Portugal) 

"o projeto de iluminação a gás da cidade do Rio de Janeiro,  cuja concessão de exploração obteve por vinte anos. Pelo contrato, o empresário comprometia-se a substituir 21 milhas de lampiões a óleo de baleia por outros, novos, de sua fabricação, erguendo uma fábrica de gás nos limites da cidade.


Os investidores só começaram a subscrever as ações da Companhia de Iluminação a Gás quando os primeiros lampiões, no centro da cidade, foram acesos, surpreendendo a população (25 de março de 1854). 


Posteriormente, premido por dificuldades financeiras, Mauá cedeu os seus direitos de exploração a uma empresa de capital britânico, mediante 1,2 milhão de libras esterlinas  e de ações no valor de 3.600 contos. .



e mais:


o estabelecimento de uma companhia de bondes puxados por 

burros na cidade do Rio de Janeiro, cujo contrato para exploração Mauá adquiriu em 1862, mas cujos direitos, devido a necessidades de caixa, foram cedidos à empresa de capital norte-americano Botanical Garden’s Railroad (1866), que inaugurou a primeira linha de bondes em 1868, organizando uma lucrativa rede de transportes.

a participação, como acionista, no empreendimento da Recife & São Francisco Railway Company, a segunda do Brasil, em sociedade com capitalistas ingleses e de cafeicultores paulistas, destinada a escoar a safra de açúcar da região.


participação, como acionista, na Ferrovia Dom Pedro II (depois Estrada de Ferro Central do Brasil), mesmo tendo consciência que, pelo seu traçado, essa rodovia tiraria toda a competitividade da Rio-Petrópolis;


a participação, como empreendedor, na São Paulo Railway (depois Estrada de Ferro Santos-Jundiaí), empreendimento totalmente custeado por ele, sendo a quinta ferrovia do país, em 16 de fevereiro de 1867.


o assentamento do cabo submarino, em 1874 ".





Em 1874 recebeu o título de Visconde com grandeza

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 Decadência financeira e morte


 Tudo teve e tudo perdeu




"defensor do abolicionismo, forneceu os recursos financeiros necessários à defesa de Montevidéu quando o governo imperial decidiu intervir nas questões platinas (1850).

Contra  a  Guerra do Paraguai, foi deputado pela Província do Rio Grande do Sul em diversas legislaturas (1856, 1859-1860, 1861-1864, 1864-1866 e 1872-1875), tendo renunciado ao mandato em 1873 para melhor cuidar de seus negócios, ameaçados desde a crise bancária que se iniciara em 1864.

Teve influência política no Uruguai desde 1850 quando ajudou financeiramente os liberais sitiados em Montevidéu.  

No Brasil, mesmo eleito pelo Partido Liberal, apoiou o gabinete de seu amigo visconde do Rio Branco (1871-1875).
A combinação das suas ideias, juntamente com o agravamento da instabilidade política da região platina, tornou-o alvo das intrigas dos conservadores. 


As suas instalações passaram a ser alvo de sabotagens criminosas e os seus negócios foram abalados pela legislação que reduziu as taxas de importação sobre as importações de máquinas, ferramentas e ferragens.


   
Com a falência do Banco Mauá (1875), pediu moratória por três anos, sendo obrigado a vender a maioria de suas empresas a capitalistas estrangeiros e ainda os seus bens pessoais para liquidar as dívidas.
 

Doente, minado pelo diabetes, após liquidar as suas dívidas, encerrou um capítulo da sua vida empresarial. 


Com o pouco que lhe restou e o auxílio de familiares, dedicou-se à corretagem de café até falecer aos 76 anos de idade, em sua residência na cidade de Petrópolis, poucas semanas antes da queda do Império. 


Seu corpo foi trazido à corte de trem, pela mesma estrada de ferro que construíra anos antes, e sepultado no mausoléu de sua família (hoje em ruínas),  no Cemitério de São Francisco de Paula,no bairro do Catumbi,centro do Rio" 

Família e descendência
Veio também a  sobrinha, Maria Joaquina de Sousa Machado(1825-1904), a May ,apelido dado  por Irineu porque ela nasceu em maio. Apaixonado, a pediu em casamento.
May, esposa e sobrinha
Desta união  com a sobrinha  nasceram dezoito filhos.
Onze sobreviveram,sendo que apenas seis chegaram à maioridade: Lísia (1842-1855), Irineu (1843-1849), Irineu Evangelista (1851-1915), Henrique (1852-1929), Artur (1853-1874), Maria Carolina (1854-1941), Ricardo (1856-1884), Lísia Ricardina (1860-1890), Hermínia (1862-1868), Irene (1865-1895) e Alice (1867-1869).  
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LEIA:

MAUÁ - EMPRESÁRIO DO IMPÉRIO


Pioneirismo, guerras, intrigas, reis e escroques: a carreira do visconde de Mauá (1813-1889) teve de tudo. Para montar a primeira indústria - um grande estaleiro e uma fundição em Niterói -, a primeira estrada de ferro e o primeiro banco a operar em grande escala no Brasil, ele teve de brigar contra uma sociedade provinciana, que considerava o feitor de escravos como o melhor gerente de recursos humanos.
Quando expandiu seus negócios em escala planetária, com dezessete empresas em seis países, aí sim vieram os grandes adversários. Banqueiros internacionais, ditadores latinos, políticos de alto coturno e figuras da sociedade passaram a fazer parte da luta diária do visconde, numa história que se confunde com a do próprio nascimento de um país chamado Brasil.

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Paulo Betti foi Mauá no filme

Mauá, o Imperador e o Rei, Drama, Brasil, 1999, 134 min., COR. Direção: Sérgio Rezende

faça o download-filme completo
http://www.youtube.com/watch?v=P3WYECiqM0I

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