sábado, 2 de março de 2013

Mônica das histórias em quadrinhos completa 50 anos


 (transcrição da matéria publicada no site do jornal  O POVO- online)

 

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50 anos da Mônica

 3 de março de 2013

"Mônica completa exatos 50 anos de sua primeira aparição numa tirinha. A data também celebra a invenção da indústria de quadrinho nacional. A força da personagem tem influenciado gerações de leitores e quadrinhistas





 Baixinha, gordinha, dentuça e, principalmente, muito geniosa. Mônica, a personagem mais famosa do cartunista Maurício de Sousa, nasceu, em 3 de março de 1963, do apelo dos leitores “em certo momento, eles chamaram nossa atenção para o fato de que em nossas historinhas só havia personagens masculinos. Fui cobrado para criar personagens femininos”, contou Maurício, em entrevista ao O POVO por e-mail.

A justificativa é de que lhe faltava conhecimento do universo feminino “eu tinha dúvidas sobre como uma mulher pensava, reagia”. Foi então que Maurício percebeu nas filhas, que brincavam entorno de sua prancheta, um bom caminho: “toda criança é transparente nas emoções e reações, estavam ali minhas inspirações”. A\
Assim, a filha Mônica doou nome e traços à personagem.

Como não podia deixar de ser, foi o Cebolinha quem levou a primeira coelhada. Ele, inclusive, era o dono da tirinha de estreia da personagem, mas a rápida identificação do público com Mônica fez com que ela se transformasse na principal criação do cartunista.

E, quando as tirinhas de jornal viraram revista em quadrinhos, foi a dentuça - que já mudou de traço cinco vezes, mas manteve o charme -quem deu nome à turma.

Para o quadrinista Daniel Brandão, a Mônica ganhou os brasileiros por sua “personalidade marcante e força física. É o contrário do que o senso comum prega sobre as mulheres”.

 Além disso, “é uma personagem a frente do seu tempo”. Daniel conhece o trabalho de Maurício de Sousa de perto, ele participou em 2009 do primeiro volume do projeto MSP 50 (em homenagem anos 50 anos de carreira do Maurício de Sousa), no qual 50 artistas brasileiros foram convidados para contar a sua história sobre os personagens do cartunista. Na dele, praticamente uma antecipação da comemoração de agora, Mônica virou uma senhora de 50 anos.

Brandão considera Maurício e, por consequência a Mônica, o maior nome do nosso quadrinho.



“Ele (Maurício) foi o único que construiu uma indústria nessa área e ela se tornou o carro chefe dessa indústria. Os produtos dele são conhecidos como a Turma da Mônica, mesmo sem ela ter sido seu primeiro personagem”.
 O cartunista Guabiras, de O POVO, concorda com Daniel e acrescenta que todo quadrinista brasileiro se inspirou e teve Maurício como a primeira influência: “desenhar é mais simples, agora criar uma história é mais complicado”.

A menina, agora cinquentona, se adaptou ao século 21 sem perder suas principais características “(a Mônica) não mudou em essência, mudou em pequenos detalhes. Hoje em dia, há histórias em que ela pega um celular, um tablet, usa gírias.

Incorpora as novas tecnologias e se adequa ao politicamente correto. O Maurício tem muito essa preocupação”, destaca Daniel, que retomou a leitura da personagem de quadrinho mais querida do País através do interesse da filha, provando que a dentucinha encanta a todas as gerações."


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