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Conheça a americana que influenciou uma geração em Paris
Levada pelo inconsciente coletivo,ao começar este texto sobre Bricktop - Ada Beatrice Queen Victoria Louise Virginia Smith-,de repente caiu a ficha: ela é a versão franco-americana da Tia Zulmira,personagem de de Stanislaw Ponte Preta o codinome do jornalista,crítico musical e expert em jazz Sergio Porto.
Tia Zulmira era demais: fiósofa atemporal de humor ferino e picante,contava, modestamente,que havia ensinado psicanálise a Freud,teoria da relatividade a Einstein,música a Chopin,etc.
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Terminada a guerra de 1914/18, muitos ‘inferninhos” de negros animavam Montmartre e eram frequentados por americanos desencantados e milionários que faziam História.
Assim tambémBricktop -“Cabeça de tijolo” ,por ser uma negra com os cabelos pintados de vermelho),dançarina, cantora,proprietária do nightclub “Chez Bricktop “em Paris, de 1924 a 1961 (a financiadora dessa empreitada foi a figurinista Elsa Schiaparelli) foi classificada como “uma das mais legendárias figuras e importante formadora de opinião da história cultural americana no século 20”
Frank Sinatra declarou que aprendeu com ela a fazer sua perfeita divisão de sílabas nas canções ,o que facilitava o entendimento de qualquer ouvinte, em qualquer região do mundo.
Nascida em Alderson, West Virginia(14 de agosto de 1894)),mais nova de 4 filhos, muto cedo, quando da morte do pai precisou começar a trabalhar. Aos 16 anos e já famosa participante das turnês TOBA (uma associação de proprietários de teatro) e do vaudeville, Ada Smith passou a ser conhecida pelo apelido.
Aos vinte anos, esta fama a levou a Nova York .
Quando trabalhava na Barron's Exclusive Club, uma casa noturna no Harlem, recomendou ao proprietário um rapaz, compositor de jazz e pianista que ela achava talentoso,chamado Duke Ellington(1899- 1974).
A rainha da cocada preta*
A um outro compositor chamado Cole Porter ensinou,já em Paris, o “charleston”, então dança da moda.
Porter,morador da Cidade Luz,encantado,dedicou -se adivulgar a nova dança transgressora em” deliciosas festas” no The Music Box ,no Le Grand Duc e, depois, no"Chez Bricktop”,clubes que a moça dirigiu com grande competência,
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Bricktop trabalhou nas emissões radiofônicas para o governo francês durante a segunda guerra mundial e saiu de Paris nessa época,deixando saudosos o Duque e Duquesa de Windsor e. F. Scott Fitzgerald, que ambientou no Chez Bricktop seu conto Babylon Revisited(1931)
(Fitzgerald escreveu que seu meior trunfo na vida foi ter descoberto Bricktop antes de Cole Porter.)
Depois, ela iniciou doce caso de amor com uma dançarina iniciante,Josephine Baker,contado por um dos filhos da prórpria ,Jean Claude Baker, em seu livro .Josephine: The Hungry Heart
"Miss Otis Regrets,de Porter foi escrita especialmente para ela ,também a inspiradora de Django Reinhardt e Stephane Grappelli numa canção chamada, adivinhem...."Brick Top",
Nossa biografada foi citada,elogiada, descrita, recomendada como grande artista por Howard Hughes, Ernest Hemingway, Maya Angelou, Evelyn Waugh e T. S. Eliot.
Em 1972, gravou seu único disco "So Long Baby," com Cy Coleman e preferia ser chamada “performer” porque,achava,não tinha grandes talentos.
Em 1974 atuou no filme Honeybaby, Honeybaby onde fazia papel dela mesma cuidando da boate "Bricktop's" em Beirute, Líbano.
Em 1983,(foto)fez pequeno papel no filme Zelig, de Woody Allen.Na cena que protagonizou, Bricktop,que recebia Zelig en seu clube, esperava por Cole Porter para que alterasse a letra de “You’re the top” para"You're the top, you're Leonard Zelig."
Bricktp by Bricktop,autobiografia escrita com James Haskins foi publicada em 1983 pela “Welcome Rain Publishers” “traz piadas sobre ricos, poderosos e famosos como John Barrymore, Jelly Roll Morton, Jack Johnson, Legs Diamond, John Steinbeck, Django Reinhardt, Frank Sinatra, Edward G. Robinson, Tallulah Bankhead, Gloria Swanson, e fofocas sobre reis e princesas .
No final de 2008,foi apresentado o musical “Bricktop”, no Lorraine Hansberry Theatre,em San Francisco,:a vida de Ada "Bricktop" Smith,na visão de Calvin A. Ramsey, com música original de S. Renee Clark,letra e roteiro de Ramsey e Thomas W. Jones e coreografia de Dawn Axam.A ação se passa no momento em que a artista deixa Paris e prepara a volta aos Estados Unidos
Bricktop teve o fim dos escolhidos pelos Deuses:morreu dormindo em seu apartamento de Nova York em 1º de fevereiro de 1984
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*rainha da cocada preta" é o feminino de "rei da cocada preta" que ,em carioquês, denomina uma pessoa que é importante ou se julga importante. Era o bordão de um vendedor de cocadas que se apresentava vestido de xeique num posto de gasolina na Avenida Maracanã,no Rio e,depois, se tornou ícone da cidade
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