domingo, 1 de julho de 2018

"As viagens de James Cook" na BRITISH LIBRARY-Londres








Explorador, navegador,astrônomo e cartógrafo inglês, tendo depois alcançado a patente de capitão na Marinha Real Britânica. Foi responsável pelas  viagens científicas.

*: 7 de novembro de 1728, Marton,Reino Unido
+ 14 de fevereiro de 1779, Kealakekua Bay, Havaí,USA

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Agosto de 2018 marca os 250 anos da primeira das 3 viagens, desde que Cook embarcou em Plymouth,em 1768.A ilhas do Pacífico eram então desconhecidas pelos europeus.Quando voltou da última expedição,a maioria dos espaços em branco dos mapas havia sido preenchida.Celebradas ou condenadas,as viagens de Cook mudaram o mundo.A exposição da British Library conta a história de cada uma dessas viagens com jornais,mapas e artefatos originais.

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Primeira Viagem


1768-1771

Endeavour



Esta primeira viagem seguiu as instruções e teve o patrocínio do Almirantado inglês e da Royal Society de Londres,para observar o trânsito do planetaaVênus que aconteceria em junho de 1789 e seria visível noTahiti .

Os dados obtidos ajudariam a calcular a distância da Terra ao Sol.

Cook partiu no navio Endeavour agosto de 1768, chegando ao Taiti em abril do ano seguinte.Levava suprimentos,94 tripulantes e um segredo:procurar terras no Pacífico Sul e, ao encontrá-las, tomar posse em nome do Rei da Ingaterra e explicar esta posse aos habitantes.

Como isto foi conseguido,umavez que não havia tradutoriuclaro, pois eram terras e leis desconhecidas,é uma questão ainda aberta à compreensão.

Durante a viagem, descobriu o arquipélago que batizou de Ilhas Sociedade, na Polinésia Francesa, e mapeou toda a Nova Zelândia e partes da Austrália.Na volta, cruzou o estreito de Torres, ao sul da Nova Guiné.
Artistas ingleses fizeram escala no Rio durante a expedição. Na exposição da British Library,vi desenhos executados por ordem de Cook que mostravam nosso lindo panorama de entrada da Baía de Guanabara.
 

O texto abaixo está no site da Revista Brasil -Europa


"A passagem de Cook pelo Rio de Janeiro ficou marcada na história por um acontecimento singular e que não deixa de ser de interesse sob o aspecto da história cultural das navegações e da vida do quotidiano no mar. Para a consecução dos objetivos de tão difícil empreendimento, que envolvia a participação de cientistas e outros viajantes sem a experiência de mar, dera-se particular atenção à higiene e à boa alimentação da tripulação. Procurou-se sobretudo evitar o escorbuto, que até então causava muitas mortes em viagens transoceânicas. Para isso, fomentou-se o consumo de alimentos frescos e, em particular, de repolho (Sauerkraut), supondo-se ser essa comida favorável à manutenção da saúde. Por essa razão, a nave era obrigada a fazer, nos diferentes portos da rota, carregamentos de verduras frescas. Esse foi o caso já na ilha da Madeira, primeiramente alcançada na rota atlântica em direção ao Cabo Horn, onde contornaria a América do Sul para alcançar o Pacífico. Novo carregamento deveria ser feito no Brasil.

A expedição chegou ao Rio de Janeiro em fins de 1768. Passaram-se apenas cinco anos desde que a capital do Brasil havia sido transferida de Salvador para o Rio de Janeiro, tornando-se residência do Vice-Rei. Tornara-se um porto de importância estratégica com o desenvolvimento da exploração aurífera das Minas.

Cook esperava ter uma recepção amigável, uma vez que Portugal aliava-se à Grã-Bretanha no cenário internacional, uma vez que sentia o risco representado pelos interesses da França relativamente às colonias portuguesas. Entretanto, a recepção foi hostil, suspeitando-se das finalidades da viagem de Cook. Pareceu estranho às autoridades portuguesas que os marinheiros de Sua Majestade Britânica se alimentassem de verduras, em especial de repolhos. Além do mais, a estadia de Cook no Rio de Janeiro foi marcada negativamente por incidente ocorrido no porto, onde faleceu o seu assistente Peter Flower (1748-1768). *

Após poucas semanas, a nave abandonou o Rio."

*Peter Flower morreu afogado ao cair no mar


Segunda Viagem
1772-1775


Cook deu início novos padrões precisos e técnicos em navegação. Esta segunda viagem, que circunavegou o globo, foi o mais famoso de seus itinerários.

As instruções do Almirantado ordenavam que Cook viajasse em direção ao sul pelo leste da Africa,na busca de um grande continente ao sul. Se falhasse ao procurar terras, ele deveria navegar:"Seja para o Leste ou para o Oeste, pois a sua posição pode tornar-se mais favorável se mantiver o máximo de latitude possível buscando descobrir terras o mais próximo possível do Polo Sul",para estabelecer, de uma vez por todas, se haveria ou não uma grande massa de terra do sul, ou Terra Australis.


Resolution e Adventure em Matavai Bay, quadro de  William Hodges (1776)


Na primeira viagem, Cook havia observado uma massa maior de terras no sul,
Alexander Dalrymple e outros membros da Royal Society ainda acreditavam que este vasto continente do sul deveria existir.

A partida foi em julho de 1772 e eram dois os navios desbravadores:Resolution e Adventure.

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E

m 17 de janeiro de 1773, Resolution foi o primeiro navio a cruzar o Círculo Antártico, o que aconteceu duas vezes durante a viagem. A terceira etapa, em 3 de fevereiro de 1774, era em busca de posição mais meridional e alcançou a latitude de 71 ° 10 "ao sul de 106 ° 54" oeste.
Cook empreendeu uma série de numerosas "patrulhas" no Pacifico, o que provou que não havia Terra Australis

Durante a viagem, ele visitou e nomeou vários locais, incluindo a Ilha de Páscoa, Ilhas Marquesas, Taiti, Ilhas da Sociedade, Niue, Ilhas Tonga, Nova Hébridas, Nova Caledônia, a ilha. Norfolk, Palmerston Island, Ilhas Sandwich do Sul e Geórgia do Sul Cook, provou que a Terra Australis era um mito e previu que uma terra Antártica II estava além da camada de gelo polar



Nesta viagem foi usado com sucesso pelo astrônomo William Wales, o cronômetro marinho .

Wales compilou um diário de viagem, registrando posições e condições, usando e testando vários instrumentos, bem como inúmeras observações sobre pessoas e lugares encontrados durante a exploração


Terceira Viagem 
1776-1780
 

A terceira e última viagem de James Cook saiu de Plymouth, passando pela Cidade do Cabo e Tenerife, até a Nova Zelândia e as ilhas havaianas, e ao longo da costa norte-americana, até o Estreito de Bering.A estratégia do Almirantado para o público foi simular que seu objetivo era devolver Omai, um jovem de Raiatea, à sua terra natal, mas o plano era enviar Cook numa expedição para descobrir uma passagem para o noroeste.

O navio Resolution era comandado por Cook, e o Discovery, comandado por Charles Clerke Omai foi devolvido à sua terra natal e os navios navegaram em frente, descobrindo o arquipélago havaiano, antes de chegar à costa do Pacífico da América do Norte.

Os dois navios mapearam a costa oeste do continente e atravessaram o Estreito de Bering. A viagem foi interrompida pelo gelo e os navios se dirigiram para o Havaí para passar o inverno.

Em Kealakekua Bay, várias brigas surgiram entre os europeus e os havaianos. Um pequeno bote que pertencia a Cook foi roubado e depois de violento episódio, em 14 de fevereiro de 1779,ele foi assassinado.

Charles Clerke assumiu o comando, tentou em vão encontrar a passagem,mas morreu de tuberculose em 22 de agosto de 1779, em viagem de Kamchatka para o Estreito de Bering.
Sob o comando de John Gore, as tripulações foram recebidas em Londres em outubro de 1780.

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Vídeo/chamada para a Exposição

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