terça-feira, 31 de outubro de 2023

2 de novembro- Dia de Finados. Todos somos iguais perante a morte


 

  

Não fala com pobre, não dá mão a preto


Não carrega embrulho

Pra que tanta pose, doutor

Pra que esse orgulho?

A bruxa que é cega esbarra na gente
E a vida estanca O enfarte lhe pega, doutor
E acaba essa banca 
A vaidade é assim, põe o bobo no alto  
E retira a escada 
Mas fica por perto esperando sentada 
Mais cedo ou mais tarde ele acaba no chão 
Mais alto o coqueiro, maior é o tombo do coco afinal 
Todo mundo é igual quando a vida termina 
Com terra em cima e na horizontal" 

 “A banca do distinto”, samba de Billy Blanco 
canta Doris Monteiro
https://www.letras.mus.br/doris-monteiro/689741/
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 Mais verdade do que nunca,nesses tempos trevosos, 
 a bruxa ,que é cega, pode estar ali na esquina.

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Tradição do dia de finados no México  

No México,o Dia dos Mortos é uma celebração de origem indígena que honra os falecidos no dia 2 de novembro,coincidindo com as tradições católicas. 
E é uma das festas mais animadas da cultura local porque, segundo diz a lenda popular, mortos vêm visitar seus queridos. 
As comemorações geram divisas, trazem turistas e atingem até o paladar:as caveirinhas de açúcar são as preferidas das crianças e bolos e comidas especiais são degustados nos cemitérios. 

Na cultura popular mexicana,La Catrina é a representação bem humorada de uma dama da alta sociedade.Catrina é o feminino de catrin, que significa homem elegante em espanhol ,figura que se reporta às expressões pré-colombianas de luto.
O esqueleto usa um chapéu elegante, representando a alta burguesia do início do século XX e mostra que, na morte, as classes sociais se igualam.


La Calavera de la Catrina 


E aí está a famosa obra de José Guadalupe Posada (1852-1913), água-forte sobre zinco, que faz parte de uma série

Manuel Marilia ,artista plástico mexicano,foi o precursor das representações humorísticas de esqueletos,que eram acompanhadas por poemas. 



Origem do Dia de Finados na Igreja Católica 
Desde o século II-visitando os túmulos dos mártires- as pessoas já homenageavam seus mortos queridos. 

Há um registro sobre o Abade de Cluny,futuro Santo Odilon que pedia aos monges que orassem pelos que morreram. 

A partir do século V, a Igreja passou a dedicar um dia especial do ano quando eram feitas rezas por defuntos desconhecidos e esquecidos:a doutrina Católica Romana estabeleceu que uma pessoa morta não vai diretamente para o céu ou inferno,mas para um estado de purgação dos pecados chamado Purgatório. 

Qualquer que tenha sido o comportamento do de cujus,mesmo tendo sido o mais perfeito dos mortais,precisava passar após a morte pelo funil do sofrimento,sendo liberado depois de oferecimento de contribuição financeira para a Igreja ou orações. 

Com todo respeito,as "indulgências' nada mais seriam que a versão precursora das “caixinhas”?


Os Papas Silvestre II (1009), João XVII (1009) e Leão IX (1015),passaram a obrigar a comunidade católica a dedicar um dia aos mortos. No século XIII, o dia 2 de novembro ficou fixo.



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