Embora consciente de seu imenso talento,Camille - na contra-mão do lógico e cega pela paixão-se submeteu ao sentimento raivoso e castrante ( e invejoso, com certeza) do grande Mestre.
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Camille Rosalie Claudel nasceu em 8 de dezembro de 1864, em Fère-en-Tardenois,hoje a 100 km de Paris, filha de Louise Athanaïse Cécile Cerveaux e Louis Prosper Claudel-funcionário público, e irmã mais velha de Paul Claudel, diplomata,dramaturgo e poeta.
Famosa, tardiamente,pela originalidade de seus
trabalhos em bronze,
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Em 1876, o sr Claudel foi transferido para Nogent-sur-Seine, morando na casa que hoje é o Museu Camille Claudel.
Foi ali, com apenas doze anos, que a filha mais velha começou a fazer esculturas em barro existente no local.Pai, mãe, irmã e irmão foram seus primeiros modelos e,depois, ela ousou esculpir Napoleão, Bismarck e Davi e Golias.
Seu trabalho mostrava uma enorme possibilidade. Louis-Prosper acreditou na vocação da filha.
Procurou um renomado escultor,morador nas proximidades, Alfred Boucher, que confirmou o talento da menina.
Acompanhando a mãe e irmão Paul que ia seguir cursos mais completos,Camille partiu para Paris aos 17 anos. Alfred Boucher estava sendo homenageado com um prêmio, uma viagem artística à Itália e encarregou o amigo Auguste Rodin de continuar a cuidar carreira da jovem,como seu professor.
Quem?Rodin? Camille nunca tinha ouvido esse nome.
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Rodin |
Camillle perto dos 20 anos,Rodin com 42, a admiração e atração física foram imediatas e mútuas.A aluna, rapidamente, se tornou a musa e amante.
Rodin e Camille trabalharam juntos em um estúdio no Boulevard d'Italie, 68.
Tudo indica que muitas obras conhecidas pelo nome do grande Mestre,p0r exemplo: "Burguês de Calais", "A Porta do Inferno", "O Beijo". são de autoria da amada,que começou fazendo os acabamentos-mãos e pés da peças.
Camille era que chamamos hoje uma workaholic,produzia em seu ateliê de manhã cedo até tarde da noite e assinava apenas alguns de seu próprios trabalhos.
O romance deles terminou em 1892, porque Rodin nunca quis deixar a companheira.
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Um espaço para Rose
Em 1864, Rose Beuret, filha de um fazendeiro de Haute-Marne, entrou na vida de Rodin.
Rodin e Rose em 1916 |
Costureira e analfabeta, 20 anos, foi modelo e se tornou sua mulher. Rodin se casou com ela em 29 de janeiro de 1917, no final de seus dias vida, depois de ter outros casos , além de Camille Claudel.
Da união, nasceu um filho, Auguste Eugène Beuret (1866-1934), nunca reconhecido pelo pai.
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Doze anos de paixão tumultuada. Arrasada com o rompimento com o escultor, Camille, para se vingar da rival, mergulhou na composição do bronze "A idade madura",considerada sua obra-prima,exposta no Musée d'Orsay.
Vemos um velho dividido entre duas mulheres nuas. Uma deles tem o rosto de uma velha feia, com feições da Moorte e a outra, muito mais jovem, implora atenção. O velho que se vira, fica nos braços da idosa.
Museu dedicado à escultura do final do século XIX até início do século XX, abriga a maior coleção do mundo de obras de Camille Claudel,em Nogent-sur-Seine, a cidade onde despontou o seu talento.
http://www.museecamilleclaudel.com/
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*Filme "Camille Claudel 1915" trailer legendado
com Juliette Binoche
https://www.youtube.com/watch?v=y3N2E0n-HZI
*trecho do filme de 1988
Isabelle Adjani e Gérard Depardieu
https://www.youtube.com/watch?v=0KdpaQVkGjQ
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14 obras de Camille
https://www.wikiart.org/pt/camille-claudel
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Vídeo Em francês
O amor de Rodin e Claudel- Série Segredos da História
https://www.youtube.com/watch?v=9eOcbxFQg9g
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2 comentários:
Os tempos eram outros, claro, mas é inegável o talento e a determinação de Camille.
É incrível como a vida de uma pessoa talentosa possa ter acabado de maneira tão vil e triste.
A artista foi mesmo vítima da paixão febril por Rodin e pelo seu ofício. Os dois filmes retratam como ela foi devorada por esse descontrole e como Rodin usou a fragilidade dela e seu talento de artista em benefício próprio. Ele não só impediu que Camille se projetasse na cena artística da época - o que não era fácil para uma mulher -, como contribuiu para que ela tivesse esse destino tão trágico. Parabéns pela pesquisa Thereza Fischer! E por partilhar este belo texto!
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