segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Combo cultural Primaveril em Sampa -2


 Luz, cedro e pedra – Esculturas do Aleijadinho fotografadas por Horacio Coppola

 Instituto Moreira Salles-São Paulo


Desde 17 de julho o Instituto Moreira Salles de São Paulo  apresenta  a exposição Luz, cedro e pedra – Esculturas do Aleijadinho fotografadas por Horacio Coppola.

O visitante encontrou 81 imagens feitas pelo fotógrafo argentino em 1945, nas cidades mineiras de Congonhas do Campo, Sabará e Ouro Preto. 
A mostra teve curadoria de Luciano Migliaccio, professor do Departamento de História da Arquitetura e Estética do Projeto da FAU/USP.

O fotógrafo 

"Horacio Coppola (1906-2012-nas fotos) é figura central da fotografia latino-americana do século xx. 
Sua vocação artística manifestou-se já no final da década de 1920, quando presidiu o primeiro cineclube argentino. 
Em 1930, pu­blicou duas fotografias na primeira edição do Evaristo Carriego de Jorge Luis Borges, e, em 1931, estampou um ensaio fotográfico na revista Sur. 
Nesses mesmos anos, fez a primeira de suas viagens de formação, rumo à Europa, de onde retornou com sua primeira câmera Leica. 
Coppola complementa­ria seus estudos de fotografia com duas outras viagens: em 1932-1933, à Alemanha, quando frequentou os cursos de Walter Peterhans na Bauhaus e colaborou com as fotó­grafas Ellen Auerbach e Grete Stern; e, em 1934-1935, a Paris e a Londres, onde se casou com Stern.

Foi nos anos de formação que surgiu o gosto pela escultura pré-moderna e mesmo arcaica. 
Esse espírito de redescoberta certamente motivou mais uma de suas viagens, desta feita a Minas Gerais, em 1945, em busca da obra de Antonio Francisco Lisboa, o Aleijadinho (1730-1814), compreendido por Coppola como artista integral, isto é, arquiteto, escultor e “ornamentista sacro”. As referências que podem ter levado Coppola ao artista mineiro naquela época vão de artigos dos poetas Jules Supervielle e Ramón Gómez de la Serna, respectivamente em 1931 e 1944, ao livro do brasileiro Newton Freitas, El Aleijadinho, publicado tam­bém em 1944 na Argentina.

Para o curador Luciano Migliaccio, fotografar esculturas é uma questão de pontos de vista, sobretudo quando se trata das esculturas de Aleijadinho, que sempre foram parte de um grandioso teatro religioso. “Coppola compreendeu muito bem o caráter decorativo intrínseco à poética do escultor brasileiro”, explica.

Horacio Coppola voltou para Buenos Aires com um rico acervo de ima­gens que, dez anos mais tarde, expôs nos salões da asso­ciação Amigos del Libro e publicou no livro Esculturas de Antonio Francisco Lisboa O Aleijadinho (Buenos Aires: Ediciones de La Llanura, 1955). Em 2007, mesmo ano em que inaugurou a exposição Horacio Coppola — Visões de Buenos Aires, o Instituto Moreira Salles incorporou a suas coleções 150 dessas imagens. "

(divulgação)

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