Desenho e arte de vanguarda
Pela primeira vez no Brasil e no circuito CCBB (Brasília,Rio e São Paulo),são expostos trabalhos da artista plástica japonesa vanguardista Mariko Mari,na mostra ONENESS,com esculturas, vídeos,fotos e desenhos.
Oneness(unificação,unidade)revela obras em grandes dimensões onde é inserido um trabalho de ponta composto de fotografia,moda e a espiritualidade oriental em sintonia com referências contemporâneas.
“Um artista vê o mundo, olha para o momento presente, com um ponto de vista único. Minha missão é dividir o que vejo no meu campo de visão. Preciso criar um novo espaço para poder respirar no mundo. Isso vai abrir as portas para um novo futuro”, declara a artista.
Oneness -que dá nome à exposição- e algumas outras peças, são confecccionadas em technogel .O público interage e é convidado a refletir sobre a perda de limites pessoais em busca da integração com o TODO,um dos preceitos budistas. A obra , nove pedras de vidro coloridas e brilhantes, é uma citação aos monolitos pré-históricos.
MariKo Mori, a estrela japonesa da arte contemporânea nasceu em 1967.Estudou estilismo e história da arte nas renomadas instituições Byam Shaw School of Art e Chelsea College of Art,em Londres.
Trabalhou como modelo e é fotógrafa,estilista,coreógrafa e diretora de peças e filmes.
(foto: Lula Lopes)
Na busca da essência da FORMA,Mariko se utiliza da música, da moda e dos recursos do vídeo, muitas vezes personagem de seus próprios filmes totalmente sointonizada com a tecnologia moderna,como deusa, sacerdotisa, cantora pop,mulher cibernética e diz que se utiliza do corpo como "ferramenta para se comunicar com o mundo, um ato artístico destinado a compartilhar a essência espiritual do mundo e a colocar as pessoas diante de situações-limite políticas, religiosas e ideológicas que se disseminam no planeta Terra que, afinal, é o nosso único lar".
Suas obras fotográficas possuem um traço sarcástico,como a que você vai ver exposta em "ONENESS,"uma cena de praia no Japão onde foi inserida uma escultura de sereia cibernética.
Alguns críticos ortodoxos consideram a obra de Mariko meio ingênua,superficial, egocêntrica e estetizante, tornada viável por uma combinação da tecnologia de ponta com a arte tradicional.
Mas eu,que não sou crítica de arte,apenas uma admiradora da arte de vanguarda, acho que nesse super bem equilibrado mix de criatividade é que está a grande manifestação de talento.
FEMINISTA
Os primeiros trabalhos de Mariko bateram de frente com o machismo japonês.Fora do ambiente do lar, a mulher não vem ocupando tantos espaços quanto seriam desejáveis, sua importância social ainda não é totalmente compreendida na sociedade nipônica.
O objetivo da artista não é mostrar a luta homem/mulher pelo poder mas demonstrar que as diferenças é que se complementam. Mariko Mori,que vive e trabalha atualmente em Nova York,não se vê como uma feminista tal como as dos anos 60 e 70,mas admira as pioneiras que desbravaram esse caminho.
ôt que la compétition.
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SERVIÇO
Mariko Mori
ONENESS
de 10 de maio a 19 de julho de 2011
Centro Cultural Banco do Brasil - Rio de Janeiro
Rua Primeiro de Março,66-Centro
Das 9 às 21 horas
De terça a domingo
Informações pelo telefone : (21) 3808 2020
Entrada franca
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