Estação de metrô South Kensington, Londres, 1994.
Coisas do destino: a banda Placebo, foi concebida quando Brian Molko (guitarrista) e cantor e Stefan Olsdal (baixista), antigos colegas de escola em Luxemburgo - que nem se falavam direito durante o curso - estavam esperando o mesmo trem.
Brian estava saindo de uma aula de teatro, Stefan ia apenas de um lugar para outro. Os dois foram tomar uma cerveja, se tornaram amigos e encontraram uma paixão comum: a musica e decidiram formar um grupo, inicialmente conhecido como Ashtray Heart .
No início, os bateristas Steve Hewitt e Robert Schultzberg se revezavam no palco. Hewitt era o preferido, mas como tinha compromissos com outra banda (Breed), Schultzberg, amigo de infância de Stefan, ficou com o lugar.
Mas por pouco tempo.Em 1996, como os “demônios pessoais” do trio eram meio incontroláveis, Hewitt voltou para a bateria. Após uma reflexão, os 3 componentes mudaram o nome do grupo para Placebo, palavra latina que significa “ficarei bem” e em medicina, a substância inofensiva usada para induzir o paciente a uma sensação de melhora. Quando, depois de muito trabalho, a notoriedade chegou, a propalada diversidade sexual de seus membros atraiu as atenções. Conta a lenda que Brian Molko passou certo sufoco ao ser confundido com uma prostituta, no país em que isso ainda é crime. Stefan Olsdal é gay, Steve Hewitt é hetero e Brian Molko se assume como bi.
Carreira
Em 1996, sai o primeiro álbum com “Come home”, “Teenage Angst” e “36 degrees”. A crítica especializada logo percebeu o talento do grupo e os comparou ao Nirvana, David Bowie ei Iggy Pop. Brian foi identificado como alguém que “encarnava o rock duro e torturado”.
Convidados para a festa dos 50 anos de Bowie no Madison Square Garden, tocaram "20th Century Boy" com a participação do aniversariante. 1998 foi um ano promissor : a mesma "20th Century Boy" fez parte da trilha musical de Velvet Goldmine (mesmo título no Brasil) e foi lançado “Whithout You I'm Nothing”. E a música título foi gravada em dueto por Bowie e Molko. Sucesso total do álbum que recebeu discos de ouro em vários países. Placebo conseguiu impor seu estilo com um rock cheio de melancolia.
Em outubro de 2000, saiu o terceiro album "Black Market Music", que continha "Special K”.
Em 2003 foi a vez de "Sleeping with ghost", um trabalho mais pro experimental com influência da música eletrônica com "Protect me from what I want " e "Bitter end", música de trabalho do álbum, que Brian Molko, de origem belga, canta também em francês. Em 2006, na hora de apresentar ao público e à critica "Meds” e o single "Song to say good bye, o grupo descobre, assombrado, que os temas estavam na internet dois meses antes do lançamento.
Dez anos de sucesso
Os dez anos de sucesso foram comemorados com a reedição do primeiro álbum, que continha também um DVD com vídeos inéditos.
Durante o verão europeu os produtores seguiram o grupo nos bastidores e concertos nos festivais_Rock-a-Field (Luxemburgo), Werchter Festival (Bélgica), Tin The Park (Escócia), Oxygen (Irlanda) e Benicàssim (Espanha)
Daí surgiu uma emissão televisiva, pela cadeia européias ARTE, que foi ao ar em 28/9/06.
A critica especializada inglesa não digere a personalidade do líder da banda, Brian Molko e faz-lhe ácidas críticas.Mas, em se tratando de reconhecimento público na Inglaterra, no resto da Europa ,nos países francofônicos e no resto do mundo o sucesso é continuo.
A banda fez uma pequena turnê sul-americana em 2005, tocou no Live 8 no Palácio de Versalhes e toda bilheteria da turnê inglesa de 2006 se esgotou num único final de semana.
Proteja-me do que quero
Entre as mais de 200 letras do Placebo, uma das mais impactantes é “ “Protect me from what I want” (proteja-me do que quero).
A artista plástica norte-americana Jenny Holzer deu este título à sua exposição, que esteve no Brasil em 1999.Foi um projeto pioneiro que transportou o universo literário para o das artes plásticas.Ajudando a subverter a percepção, utilizando a frase da canção triste do Placebo projetada em néon azul, juntamente com outros truísmos.
Depois da temporada no Rio (CCBB), foi a vez de São Paulo (SESC-Vila Mariana) receber a exposição que seguiu para Buenos Aires e Cidade do México
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