sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Robin Hood gera polêmica oito séculos depois




Novo filme sobre Robin Hood com Russell Crowe será lançado em maio próximo.
Cate Blanchett também está no elenco e a direção é de Ridley Scott.
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Vídeo das Filmagens
Fonte:

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Polêmica
Passados oito séculos das façanhas que tornaram Robin Hood um mito, o Professor Stephen Knight, da Universidade de Cardiff (Inglaterra), puxou o herói para fora do armário.
Algumas baladas medievais, que celebravam o benfeitor que roubava dos ricos para dar aos pobres, teriam sido modificadas para apagar o conteúdo homossexual.
O Professor cita em seu livro ” Robin Hood, a myithic biography”” (EditoraPaperback-2003) uma canção que diz, na tradução literal : "Quando Robin Hood tinha uns vinte anos, conheceu João Pequeno, uma espada rápida e perfeita para o negócio, porque ele era um homem cheio de desejo".
Nem sombra de Lady Marian, que seria uma invenção histórica, literalmente, para inglês ver.
A matéria - publicada no Sunday Times, em dezembro de 2009 - provocou muita polêmica. A Robin Hood Society, presidida por Mary Chamberlain, saiu em defesa lamentando “que se especule dessa forma sobre a vida de um personagem com quem tanto se identificam as crianças de todo mundo”.
Por outro lado, o conde de Huntington, herdeiro do título que, na lenda, foi dado a RH e que se dizia descendente dele, apressou-se em desmentir o parentesco: ”Não há nenhuma prova de que ele pertencesse à família”
Os símbolos
O Professor Stephen Knight declarou aos jornalistas do Sunday Times, Jonathan Leake e Mark Macaskill, que o livro foi lançado a tempo de participar de um congresso sobre Robin Hood, em Nottingham.
Os símbolos “inquestionáveis do imaginário erótico” seriam “o fato do grupo do justiceiro viver no bosque sem a companhia de mulheres e as referências a flechas, espadas e lanças”.A história de Robin Hood é do final do século 12, quando Ricardo Coração de Leão participava das Cruzadas, mas, os especialistas concluíram as baladas que celebram a aventura, foram compostas em torno de 1450.

Robin é pássaro de cor verde e penas do peito em tom vermelho e Knight afirma, com veemência, que era um eufemismo para designar “homens com pouca virilidade”.
Outra sumidade, Barry Dobson (professor da Universidade de Cambridge) apoia a tese e explica que no século 12 a homossexualidade era aceita pela Igreja e que, só mais tarde começou a intolerância com os gays.
E quem foi Lady Marian ? Ninguém sabe, ninguém viu, nunca existiu. Teria sido uma invenção para encarar os rigores da era vitoriana.
O Professor Knight repete, lembrando que as traduções do Chaucerian English, - dialeto em que as baladas sobre Robin foram escritas - mostravam que "a atmosfera que se respirava no bosque de Sherwood na época em que se desenrola a lenda, era a dos merry men ( rapazes alegres), sem o menor traço da figura feminina”.
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