2005.
O ano em que sentimos vergonha Alguns jovens entre 16/17 anos que conhecemos ( e os seus amigos) fizeram um pacto: tirarão seus títulos de eleitor e anularão seus votos na eleição de 2006.
Ao ouvir esta triste notícia, fiquei refletindo que a morte da esperança no primeiro voto dos jovens pode ajudar a aprimorar os critérios dos menos jovens na escolha de nossos governantes
Esperei até o penúltimo dia de 2005 para ver se os jornais publicavam alguma notícia alvissareira neste triste ano em que todos nós, brasileiros, sentimos um duplo sentimento : vergonha e solidariedade.
Vergonha dos nossos homens públicos, principalmente dos que pareciam comprometidos com a ética, e solidariedade com os nossos semelhantes atingidos pela fúria da natureza na Ásia, no Caribe e nos EUA.
Foi também um ano relevante para as mulheres: o nascimento da Infanta Leonor de Espanha, que um dia será rainha, a eleição de Angela Merkel na Alemanha, a vitória da primeira presidenta de um país africano (Liberia) e da chilena Michelet Bachelet no primeiro turno das eleições presidenciais.
O milhão de desabrigados do tsunami e seus quase 300 mil mortos, os furacões que engoliram um alfabeto inteiro e várias regiões do Caribe e dos Estados Unidos (sepultando para sempre a energia maravilhosa que emanava de Nova Orléans), a guerra do Iraque, a cara cínica de Bush confessando que , realmente não existiam armas de destruição que justificassem uma carnificina e pedindo desculpas - pedindo desculpas,gente! - já bastariam para marcar este ano nefasto para a Humanidade.
O ano em que sentimos vergonha Alguns jovens entre 16/17 anos que conhecemos ( e os seus amigos) fizeram um pacto: tirarão seus títulos de eleitor e anularão seus votos na eleição de 2006.
Ao ouvir esta triste notícia, fiquei refletindo que a morte da esperança no primeiro voto dos jovens pode ajudar a aprimorar os critérios dos menos jovens na escolha de nossos governantes
Esperei até o penúltimo dia de 2005 para ver se os jornais publicavam alguma notícia alvissareira neste triste ano em que todos nós, brasileiros, sentimos um duplo sentimento : vergonha e solidariedade.
Vergonha dos nossos homens públicos, principalmente dos que pareciam comprometidos com a ética, e solidariedade com os nossos semelhantes atingidos pela fúria da natureza na Ásia, no Caribe e nos EUA.
Foi também um ano relevante para as mulheres: o nascimento da Infanta Leonor de Espanha, que um dia será rainha, a eleição de Angela Merkel na Alemanha, a vitória da primeira presidenta de um país africano (Liberia) e da chilena Michelet Bachelet no primeiro turno das eleições presidenciais.
O milhão de desabrigados do tsunami e seus quase 300 mil mortos, os furacões que engoliram um alfabeto inteiro e várias regiões do Caribe e dos Estados Unidos (sepultando para sempre a energia maravilhosa que emanava de Nova Orléans), a guerra do Iraque, a cara cínica de Bush confessando que , realmente não existiam armas de destruição que justificassem uma carnificina e pedindo desculpas - pedindo desculpas,gente! - já bastariam para marcar este ano nefasto para a Humanidade.
Mas não fomos poupados: aqui no Rio de Janeiro nosso Prefeito vai passar os dois maiores eventos do calendário turístico longe da cidade: o Ano Novo em Nova York e o Carnaval em Lisboa.
As manchetes de jornais deste 30 de dezembro de 2005 contam que nosso presidente declarou ter sido “esfaqueado pelas costas” , traído.
Que o principal artífice do megaescândalo é um professor remanejado há 16 anos, recebendo salário integral dos contribuintes de Goiás e, também, um salário polpudo do partido que está no governo.
Enquanto o magistério em geral rala para conseguir seus parcos reais.
Um incêndio na sede do INSS (que, aliás, nao possuía “habite-se”) com aparência de criminoso destruiu milhares de processos e causou prejuízo estimado em 10 bilhões de reais.
A saúde está no completo abandono, mas a primeira dama descolou uma cidadania italiana, vinda diretamente da contramão da diplomacia e causando uma saia justa internacional. O ano foi do Brasil na França,mas lá, em pleno 14 de julho, o primeiro mandatário deu uma entrevista estranhíssima onde afirmava que caixa dois é “procedimento sistemático”.
Que o principal artífice do megaescândalo é um professor remanejado há 16 anos, recebendo salário integral dos contribuintes de Goiás e, também, um salário polpudo do partido que está no governo.
Enquanto o magistério em geral rala para conseguir seus parcos reais.
Um incêndio na sede do INSS (que, aliás, nao possuía “habite-se”) com aparência de criminoso destruiu milhares de processos e causou prejuízo estimado em 10 bilhões de reais.
A saúde está no completo abandono, mas a primeira dama descolou uma cidadania italiana, vinda diretamente da contramão da diplomacia e causando uma saia justa internacional. O ano foi do Brasil na França,mas lá, em pleno 14 de julho, o primeiro mandatário deu uma entrevista estranhíssima onde afirmava que caixa dois é “procedimento sistemático”.
Que, por fim, aprendamos a votar com consciência e não porque o candidato é bonito, a candidata é simpática ou pode oferecer algum tipo de contrapartida.
Que a desordem e o retrocesso desapareçam e que o dístico de nossa bandeira possa exprimir de verdade o que este povo bom e paciente tanto merece”Ordem e Progresso” ***************************************************************************
Que a desordem e o retrocesso desapareçam e que o dístico de nossa bandeira possa exprimir de verdade o que este povo bom e paciente tanto merece”Ordem e Progresso” ***************************************************************************
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