domingo, 21 de julho de 2024

TRILOGIA Atentados Políticos no Brasil. 2 Contra João Pessoa

 

O recente atentado doméstico a Trump, me lembra que também tivemos alguns  por aqui.Da tentativa contra D Pedro II ao criminoso episódio do Rio Centro.


 


26 de julho de 1930

João Pessoa


Este atentado ,embora de origem política,envolve questões amorosas, de escândalo e de honra.

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"João Pessoa Cavalcanti de Albuquerque sobrinho de Epitácio Pessoa,presidente da República (1919-1922) ,auditor-geral da Marinha, ministro da Junta de Justiça Militar, ministro do Superior Tribunal Militar e presidente da Paraíba (1928-1930).  
Negou o seu apoio ao candidato oficial à presidência da República Júlio Prestes . em 29 de kulho de 1929  
Mais tarde compôs, com Getúlio Vargas   a chapa de oposição.


Seu assassinato, na Confeitaria A Glória na Rua Nova no  Recife, por João Dantas  enquanto ainda era governador, é considerado uma das causas da Revoluçåo 
de 1930  que depôs o presidente Washington Luís  e levou ao poder Getúlio Vargas.

João Duarte Dantas, , seu adversário político e jornalista teve a casa invadida e cartas íntimas apreendidas trocadas com a professora Anayde Beiriz .foram publicadas em todos os jornais do estado.

A partir de 4 de setembro de 1930, , a capital do estado da Paraíba, antes denominada de "Parahyba", passou a se chamar  João Pessoa 
(Wikipedia)


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Anayde Beiriz


 Anayde Beiriz
"Poeta e professora, ela escandalizou a sociedade retrógrada da Paraíba com o seu vanguardismo: usava pintura, cabelos curtos, saía às ruas sozinha, fumava, não queria casar nem ter filhos, escrevia versos que causavam impacto na intelectualidade paraibana e  colaborava para os jornais.

Anayde Beiriz nasceu em 1905, em João Pessoa. 

Diplomou-se pela Escola Normal em 1922, com apenas 17 anos, destacando-se como primeira aluna da turma. 
Além de normalista, era poeta e amante das artes. 
Logo que se formou, passou a lecionar na colônia de pescadores perto de sua cidade natal. 



Em 1925, ganhou um concurso de beleza. 
Circulava também nos meios intelectuais, onde declarava-se publicamente a favor da liberdade e da autonomia feminina.


A figura de Anayde Beiriz coincide com a história de muitas mulheres que, tanto no passado quanto no presente, foram punidas e hostilizadas com justificativas em cima de padrões morais sexuais.

 Ela teve sua história protagonizada no filme “Parahyba, Mulher Macho”, da cineasta Tizuka Yamakazi, devido a sua resistência, atuação política e liberdade de amar enfrentando preconceitos e julgamentos. 

Seu nome está ligado à história por ter se envolvido com um homem conservador cujas ideias ela discordava. 

Esse homem era João Dantas, advogado e jornalista, candidato republicano de oposição a João Pessoa (vice de Getúlio Vargas, até então governador da Paraíba). 
João Dantas

A polícia invadiu a casa de João Dantas a mando de João Pessoa, em buscas de armas, mas ao revistar a residência e não encontrar nada, foram localizadas correspondências enviadas por Anayde, as quais foram amplamente divulgadas na imprensa, a fim de sujar a honra de Dantas."
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 "Dantas, após ser preso, também acabou sendo encontrado morto dentro da cela. 

No mesmo ano, se desencadeia a Revolução de 1930, que mesmo com justificativas políticas, tem no plano de fundo essa trama machista, onde a mulher acaba por sofrer a pior punição, que é a morte social, seguida da morte física. 
 
Anayde   ficou só e marginalizada, acabando por tomar veneno e morrendo sozinha em um abrigo em Recife – Pernambuco, sendo abandonada pela família e enterrada como indigente "

# anaydebeiriz, # joao pessoa ,#joao dantas #romance anayde e joaodantas 
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Documentário sobre o romance de Anayde Beiriz e João Dantas
https://www.youtube.com/watch?v=B7gr0EUzpbw

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