segunda-feira, 5 de setembro de 2022

Bicentenário da Independência e a participação primordial de Dona Leopoldina

 


 Depois de amanhã, 7 de setembro de 2022, o Brasil comemora 200 anos de independência dePortugal.
Maria Leopoldina (Carolina Josefa Leopoldina de Habsburgo-Lorena)arquiduquesa da Áustria, primeira esposa do imperador D. Pedro I e Imperatriz Consorte do Império do Brasil de 1822 até sua morte ,em 1826.

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Transcrevo,abaixo, texto do site brasilescola.uol.com.br 

"Maria Leopoldina é uma das grandes personagens da história brasileira e teve papel importante na condução da  Independência d Brsil. em 1822. Arquiduquesa da Áustria, casou-se com d. Pedro I. na época príncipe português. Apesar da sua importância no processo de independência do Brasil, Leopoldina teve seu papel diminuído nas gerações seguintes.

 Ela teve sete filhos, e os historiadores afirmam que, além de d. Pedro tratá-la mal, suas traições eram famosas. Existem indícios de que  chegou a ser agredida pelo imperador, e, em 1826, acabou falecendo por complicações de um aborto espontâneo.

 Infância

Carolina Josefa Leopoldina Fernanda Francisca de Habsburgo-Lorena nasceu no dia 22 de janeiro de 1797 em Viena, capital do Império Austríaco. 

Ela foi o quinto filho de Maria Teresa com o imperador austríaco Francisco I e a quarta do sexo feminino. 

 Ao todo, Leopoldina teve 11 irmãos, dos quais teve maior proximidade de Fernando, Maria Clementina, Francisco Carlos e Maria Luisa, que, além de irmã mais velha, foi a pessoa mais próxima dela.  

Como filha da realeza austríaca, sua educação foi exemplar e bastante influenciada pelo príncipe Metternich e por Goethe. 

Ao longo de sua infância, Leopoldina, como todas as arquiduquesas, era acompanhada por uma aia que lhe ensinava “boas maneiras, cerimonial e etiqueta”, conforme afirma o pesquisador Marsilio Cassotti|1|.

 




Além disso, ao longo de sua infância e adolescência, ela demonstrou grande interesse por assuntos relacionados com mineralogia e botânica.

Sua infância também ficou marcada pelos conflitos da Áustria contra a França 

.Em determinados momentos dessa guerra, as tropas francesas chegaram a poucos quilômetros de Viena, o que forçou a família real austríaca a fugir da cidade.  

Casamento com d. Pedro

  •  O fator que marcou definitivamente a vida de Leopoldina, porém, foi o seu casamento com o príncipe  d. Pedro.
  •  As negociações iniciaram-se durante o Congresso de Viena, e, no caso dos portugueses, o casamento de d. Pedro foi a maneira pensada para finalizar as aventuras sexuais do filho do imperador português d. João VI.


O casamento também era diplomaticamente importante.

Para os portugueses,aumentava a influência de Portugal em uma das mais tradicionais monarquias europeias e abria caminho para diminuir sua dependência dos ingleses, para os austríacos, aumentava a influência deles na América.

Depois de extensas negociações, o casamento de Leopoldina e d. Pedro foi acertado e realizado, por procuração, em 13 de maio de 1817, na Igreja dos Agostinianos, em Viena. 

Os historiadores mencionam o grande interesse dela em poder estudar as riquezas minerais e botânicas do Brasil, e, por isso, junto dela veio um grande grupo de cientistas austríacos.

 Após 85 dias de viagem, Leopoldina chegou ao Brasil em 4 de novembro de 1817, e a recepção que recebeu, no Rio de Janeiro, foi pomposa.

 As primeiras impressões de Leopoldina sobre seu marido foram registradas em cartas que ela enviou para seu pai e sua irmã, Maria Luísa. 

Nelas ela mencionou que, na primeira noite, d. Pedro não a deixou dormir (uma referência ao apetite sexual do futuro imperador do Brasil) e que ele era franco, falava tudo que pensava e, às vezes, era bruto com ela.

Nos anos seguintes, seu casamento foi-lhe um grande peso e contribuiu abertamente para sua infelicidade. Do relacionamento de Leopoldina e Pedro nasceram sete filhos, dos quais um deles foi Pedro de Alcântara, mais conhecido como d Pedro II, imperador do Brasil entre 1840 e 1889.

Influência de Leopoldina na independência

Algo que poucas pessoas sabem é a importância de Leopoldina na consolidação da independência do Brasil. Isso porque, até 1822, a influência da futura imperatriz do Brasil sobre seu marido era grande, e ela aconselhou-o frequentemente, enquanto a relação Portugal-Brasil azedava, entre 1820 e 1822.

Os historiadores mencionam a boa capacidade de Leopoldina de fazer a leitura política da situação do Brasil na época da crise com Portugal. Lembrando que a crise entre Brasil e Portugal estourou a partir de 1820, quando os portugueses, por meio da Revolução de Porto, defenderam a recolonização do país.

Percebendo que essa situação explosiva poderia trazer graves consequências, Leopoldina passou a analisar, diretamente com d. João e d. Pedro, formas de resolver a situação. 

De acordo com a educação que recebeu, Leopoldina colocou os interesses de Estado acima dos seus.  

Percebeu que se os portugueses insistissem nas tentativas de recolonizar o Brasil, a possibilidade de uma revolta de caráter liberal e republicano era grande. Assim,passou a convencer seu marido sobre a importância de ele liderar um movimento de independência que transformasse o Brasil em uma  monarquia sob a liderança dele.

A futura imperatriz teve papel essencial em convencer d. Pedro a ficar no Brasil, mesmo com a pressão das Cortes portuguesas para que ele retornasse a Lisboa. 

A atuação de Leopoldina sempre foi no sentido de impedir a realização de uma revolução liberal na colônia. A ideia dela sempre foi a preservação da monarquia, conceito aprendido ao longo de sua educação.

Leopoldina e José Bonifácio assinaram uma carta que informava sobre a necessidade de declarar-se a independência do Brasil em setembro de 1822. 

Essa carta foi enviada em caráter urgência para d. Pedro enquanto ele estava em São Paulo. 

Nessa ocasião, inclusive, Leopoldina estava como regente do Brasil, tendo sido nomeada pelo próprio d. Pedro. Com isso, podemos perceber que ela teve atuação direta em convencer d. Pedro a permanecer no Brasil (ato oficializado no Dia do Fico) e a declarar a independência (oficializada no 7 de setembro).

Últimos anos

A viagem de d. Pedro a São Paulo concretizou o desejo de Leopoldina pela independência do Brasil, mas acabou iniciando um período extremamente conturbado de seu casamento. Nessa viagem, d. Pedro conheceu Domitila de Castro, nomeada  Marquesa de Santos e que, por anos, foi concubina do imperador brasileiro.

Durante anos, d. Pedro I (coroado no final de 1822) humilhou publicamente sua esposa a um ponto em que toda a cidade do Rio de Janeiro sabia (e rejeitava) da traição do imperador.  

A humilhação que Leopoldina sofria foi tão grande que, em 1825, d. Pedro nomeou Domitila como primeira-dama da sua esposa, a imperatriz do Brasil. 

qNessa função, Domitila tinha direito de acompanhar Leopoldina em todos os lugares aos quais ela ia e tinha direito de participar de eventos públicos da corte. Domitila e sua família receberam títulos nobiliárquicos do imperador.

  historiadores registraram a infelicidade da imperatriz com a sua situação nos seus últimos anos de vida. Leopoldina era maltratada por d. Pedro publicamente, os criados da imperatriz destratavam-na, e seu acesso à mesada a que tinha direito foi restringido pelo imperador. 

Além de registros pessoais feitos em cartas, a imperatriz nunca demonstrou publicamente sua insatisfação.

A continuidade dessa situação fez com que Leopoldina sofresse de depressão, e os relatos do pouco cuidado da imperatriz com sua aparência sugerem isso. Sua saúde, então, começou a piorar. A situação agravava-se mais ainda porque o imperador, em ataques de fúria, agredia-a.

Em outubro de 1826, Leopoldina ficou grávida, e alguns relatos contam que, em uma discussão com o imperador, ela foi agredida com pontapés.  

Em dezembro do mesmo ano, ela perdeu o filho em um aborto espontâneo, e o agravamento de seu quadro de saúde por conta desse aborto fez com que ela falecesse em 11 de dezembro de 1826.

Os historiadores debatem até que ponto os desgostos (além das agressões físicas) causados por d. Pedro nos últimos anos de vida de Leopoldina contribuíram para a morte da austríaca.""

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Excelente documentário sobre Dona Leopoldina-( Dimas Oliveira/2018)
clique aqui abaixo:
https://www.youtube.com/watch?v=k_X7jxYrQlg


Site "Buenas Idéias",de Eduardo Bueno,diferente e bem- humorada concepção de abordar fatos históricos

https://www.youtube.com/watch?v=wACE9W5gffs

 

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