Efeitos da cocaína no organismo
Para a elaboração do texto consultei os sites do Centro de Ciência da Saúde da Faculdade de Medicina da UFRJ e da Universidade Anhembi Morumbi.
A cocaína (Erythroxylon coca), sintetizada em 1859, é uma substância branca em cuja composição química se encontram os alcalóides Cocaína, Anamil e Truxillina.
A droga se apresenta na forma de pó ou cristais, para ser aspirada ou injetada.
Vem de um arbusto nativo da Bolívia e do Peru, mas que também é cultivado em Java e Sri-Lanka. Pode ser obtida, também, de uma pequena árvore aparentada e que produz os mesmos efeitos - o epadu, que cresce na Amazónia e é utilizado há séculos pelos índios da região.
Na civilização Inca, o imperador controlava o uso das folhas de coca e o maior prêmio que um nobre poderia receber era o direito de mascar as folhas junto ao seu rei.
Quando morriam, os incas eram sepultados com uma grande quantidade de folhas de coca para consumir no paraíso.
Quando mastigadas, as folhas de coca aumentam a capacidade de trabalho e causam grande euforia. Este costume persiste até hoje na Cordilheira dos Andes, para que os habitantes dos altiplanos possam suportar melhor os rigores de clima e as grandes altitudes.
Mesmo sendo alto o custo de seu consumo, a cocaína tem seu uso difundido não só entre os artistas e altos executivos, mas igualmente entre as classes média e alta.
Quando ingerida ou aspirada, droga age sobre o sistema nervoso periférico, inibindo a reabsorção da norepinefrina (uma substância orgânica parecida com a adrenalina).
Também é um estimulante do sistema nervoso central, causando efeito similar ao das anfetaminas.
A cocaína bloqueia os impulsos nas fibras nervosas, é vaso constritora (contrai os vasos sanguíneos evitando hemorragias) e é também é um anestésico local, usado na Medicina.
As areas motoras do cérebro são afetadas pela droga, produzindo agitação intensa. Rapidamente metabolizada, sua ação é poderosa mas breve (cerca de meia hora).
Para fugir ao pânico e à depressão que se seguem ao curto momento de euforia, os viciados ( ou adictos, em linguagem politicamente mais correta), aumentam o uso da droga.
Usada com regularidade, a cocaína causa comportamento anti-social, paranóia, danifica as mucosas e tecidos nasais, produz sangramento e coriza, podendo -em casos extremos - perfurar o septo.
Outros efeitos negativos da cocaína são: palidez, suores frios e alucinações onde o usuário pensa ter insetos e cobras sobre ou sob a pele, náuseas, convulsões e parada respiratória,
Para chegar a provocar uma overdose a quantidade necessária absorvida varia de acordo com o usuário, mas é quase certo que uma dose fatal vai de 0,2 a 1,5 grama de cocaína pura.
Se injetada diretamente na corrente sanguínea, aumentam, dramaticamente, as chances de morte.
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