Noel na Tv Brasil
“Noel Rosa – poeta da Vila e do povo”,uma reportagem musical em 5 capítulos de 26 minutos, que vai ao ar diariamente às 23 horas na TV Brasil com roteiro e direção geral de Dacio Malta, fecha as comemorações pelo centenário de Noel.
Com narração de Martinho da Vila,direção musical de Zé Renato, conta com a participação da Mariana Baltar.
Roberto Faissal foi o produtor e Rogério Reis cedeu seu acervo de fotos
Aracy de Almeida, Braguinha, Ismael Silva e Marília Batista,Chico Buarque, Zeca Pagodinho, Caetano Veloso, Paulinho da Viola, João Bosco, Mart’nália e outros interpretam os sucessos do compositor.
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O último número da revista VERSUS ,editada pelo CCJE- Centro de Ciências Jurídicas e Econômicas ds UFRJ-traz matéria sobre o centenário de nascimento de Noel Rosa, que se comemora este ano. O entrevistado, João Máximo,autor (com Carlos Didier) da principal biografia do artista, lembra que o grande sambista,cantor,bandolinista, violonista e um dos maiores nomes do cenário artístico de todos os tempos foi autor do primeiro samba gay da música brasileira,o “Mulato Bamba”,em parceria com Mário Reis.
O “tintureiro” a que a letra se refere era gíria carioca para o que seria hoje um ‘camburão”,carro da polícia e Noel mostra uma simpatia e compreensão evidentes pela atitude do bamba.
Ouça: http://www.4shared.com/audio/-1DkaQOD/03_Mulato_Bamba.html?err=no-sess
Noel de Medeiros Rosa nasceu em Vila Isabel,zona norte no Rio em 11 de dezembro de 1910,filho do comerciante Manuel Garcia de Medeiros Rosa e da professora Martha de Medeiros Rosa.
Um parto complicado em que ,para salvar mãe e filho, o medico usou do forceps, causando um afundamento da mandíbula que o marcou por toda a vida.
Não comia em público e a mastigação era dificultada pelo desencontro das arcadas dentárias. Os líquidos eram pouco nutritivos e a bebida e excesso de cigarros aceleraram a tuberculose,doença incurável na época,que o matou.
Estudou no Colégio São Banto,ainda hoje referência de ensino da elite carioca e, adolescente, aprendeu a tocar bandolim .
Para grande orgulho da família de classe media,cursou(e logo abandonou) a Faculdade de Medicina e,como lembrança do breve espaço de tempo dedicado ao curso ficou, a música "Coração", com versos que dizem: "Coração, grande órgão propulsor/ transformador do sangue venoso em arterial; coração, não és sentimental; mas entretanto dizem que és o cofre da paixão."
A atração pela música era tudo e Noel passou a integrar vários grupos , entre eles o Bando de Tangarás, com João de Barro (o Braguinha), Almirante, Alvinho e Henrique Brito.
Em 1929, vieram as primeiras composições, “Minha Viola” e “Toada do Céu”, gravadas por ele mesmo. Essas seriam as primeiras das cerca de trezentas que deixou como legado.
Foi em 1930, queria sair para mais uma noite de boemia e,percebendo que a mãe tinha esondido suas roupas teve inspiração para o primeiro grande sucesso”Com que roupa?" - gravado para o carnaval de 1931, que vendeu 15.000 discos. só Tímido e retraído,só relaxava bebendo ou compondo.
A tuberculose diagnosticada não foi suficiente para apagar a atração pela música, pelos bares, noites em claro e pouco dinheiro.
Sobrevivia mesmo com poucos trocados recebidos como cachê e com a mesadinha que Dona Martha nunca deixou faltar. Mas tudo que ganhava era gasto com a boemia, com mulheres,cigarros e bebida.
Isso acelerou o processo crônico pulmonar existente que acabou em tuberculose
Noel se tornou um clássico cronista da vida carioca muito executado até hoje,oitenta anos depois.
Viajou para cidades com maior altitude, onde o ar seco costumava amenizar o sofrimento dos doentes, antes da chegada dos antibióticos.
Viajou para cidades com maior altitude, onde o ar seco costumava amenizar o sofrimento dos doentes, antes da chegada dos antibióticos.
Foi assim que chegou a Belo Horizonte, onde ficou em casa de parentes e chegou a trabalhar na Rádio Mineira,onde fez amizade com toda a classe musical,especialmente com Rômulo Pais,sem nunca deixar a vida noturna meio desvairada.
Em 1936,A mesma coisa aconteceu em Nova Friburgo e em Barra do Piraí (RJ)
Foi protagonista de uma polêmica com o também compositor Wilson Batista de onde saíram “Palpite Infeliz” e “Feitiço da Vila”.
Foi protagonista de uma polêmica com o também compositor Wilson Batista de onde saíram “Palpite Infeliz” e “Feitiço da Vila”.
Os famosos cantores do radio Mário Reis (que também foi parceiro),Francisco Alves e Aracy de Almeida passaram a apresentar suas músicas.
A deficiência física e a fraqueza não impediram a vida romântica.Seus grandes amores foram, Clara Fina e Ceci,uma bailarina da Lapa, a “Dama do Cabaré” .
A deficiência física e a fraqueza não impediram a vida romântica.Seus grandes amores foram, Clara Fina e Ceci,uma bailarina da Lapa, a “Dama do Cabaré” .
Em 1934, teve um breve relacionamento com Lindaura, uma vizinha sergipana menor de idade aluna de Dona Martha.
A mãe da moça deu queixa ao Delegado do bairro, dizendo que ela tinha sido raptada.Noel dizia que preferia ser preso,mas casou por “livre e espontanêa pressão” em dezembro daquele ano.
O casal não teve filhos. E foi nos braços de Lindaura que Noel Rosa faleceu aos 26 aanos, em 4 de maio de 1937, na mesma casa onde nasceu,em Vila Isabel.
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No início da Av. 28 de setembro, entrada do bairro de Vila Isabel, fica a estátua de Noel,inaugurada em 1966.
Noel sentado fumando seu cigarrinho é servido por um garçom com as feições de seu pai e sobre a mesa uma lauda de bronze com a letra de "Conversa de Botequim"
O escutor da estátua foi Joás Pereira Passos, um jovem de Campina Grande (Estado de Paraiba).
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Além dos dois livros importantíssimos a respeito do artista "No Tempo de Noel Rosa”, escrita pelo amigo Almirante, e a essencial “Noel Rosa: Uma biografia”de João Máximo e Carlos Didier,antes de Noel ser tema de filmes, sua música esteve presente nas trilhas sonoras de muitos filmes brasileiros.
O primeiro longa-metragem sobre o compositor, “Noel – Poeta da Vila”, foi dirigido por Ricardo van Steen. Teve sua estréia no Festival de Cinema do Rio de Janeiro em 2006 e na 30ª Mostra de Cinema de São Paulo.
Entrou em circuito em agosto de 2007, ano que marcou os 70 anos da morte do poeta da Vila.Foram realizados longas e curtas metragem como o filme “O Mandarim” (1995),com Chico Buarque interpretando o artista e Rafael Raposo no filme “Noel – Poeta da Vila” (2006).
Quando ainda era vivo,Noel teve sua música na trilha da comédia musical “Alô, Alô, Carnaval”, de Adhemar Gonzaga (produção Cinédia – 1936) : : “Pierrot Apaixonado” (parceria com Heitor dos Prazeres) e “Não Resta a Menor Dúvida” (parceria com Hervé Cordovil).
No mesmo ano de 1936 , compôs seis músicas, em parceria com Vadico, para o filme “Cidade-Mulher”, de Humberto Mauro (produção Brasil-Vita): a música-título do filme (interpretada por Orlando Silva), “Dama do Cabaré”, “Tarzan, O Filho do Alfaiate”, “Morena Sereia”, “Numa Noite À Beira-Mar” e “Na Bahia”.
Noel serviu como tema para Plínio Marcos – O Poeta da vila e seus amores – encenado no Teatro Popular do Sesi-SP, com dois anos seguidos em cartaz No carnaval de 2010,o GRES Unidos de Vila Isabel, escola de samba sediada no bairro natal, homenageou seu famoso filho com seu enredo Noel: A Presença do “Poeta da Vila, de autoria do compositor Martinho da Vila.
NOEL POR NOEL
Gago Apaixonado
"Com que roupa ?"( gravação de 1930)
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Martinho da Vila interpreta "Feitiço da Vila"
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"Conversa de Botequim,repaginada em 2010 pela Banda 1E99
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Palpite Infeliz (1935)
Vídeo gravado nas ruas de Vila Isabel por Rui de Carvalho
http://www.youtube.com/watch?v=sWCPoL_DJEo
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Banda carioca 1E 99 na temporada do Tributo ao Centenário de Noel,show com releitura dos sucessos do artista em uma apresentação multimídia marcada pela ousadia, fez referência à época em que viveu o artista, com uma linguagem pop e contemporânea.Misto de alegria e descontração.
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Banda carioca 1E 99 na temporada do Tributo ao Centenário de Noel,show com releitura dos sucessos do artista em uma apresentação multimídia marcada pela ousadia, fez referência à época em que viveu o artista, com uma linguagem pop e contemporânea.Misto de alegria e descontração.
Vale a pena conferir o MySpace da Banda
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2 comentários:
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Tereza
Com muita razão este foi o teu texto mais clicado.Alem da qualidade da tua escrita,o assunto é atualíssimo.Eu amo Noel,amo o Rio. Acho que foi ele que me ensinou a amar a Cidade Maravilhosa
Beijos sulinos
Rosamaria
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